A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 13 pessoas em operação contra uma milícia que age na Muzema e em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio.
Segundo o G1, os alvos são suspeitos de lavar o dinheiro das atividades criminosas de paramilitares e estariam investindo em Bitcoins.
Batizada de Operação Blood Money (dinheiro sangrento, em inglês), a operação cumpriu também 23 mandados de prisão temporária
A polícia afirmou ao portal que:
“Um relatório de Inteligência Financeira apontou grandes vultuosas movimentações praticadas por pessoas físicas e jurídicas, usadas na engrenagem criminosa, em curtíssimo período de tempo.”
O delegado Moysés Santana disse:
“Uma das técnicas que eles estavam usando para branquear esse dinheiro era a compra de criptomoedas, além da compra de joias e imóveis e transferências em pequenos valores, tudo para ocultar a origem da verba."
Um dos alvos da operação, Laerte Silva de Lima era apontado como braço armado da milícia e movimentou em cinco meses cerca de R$ 900 mil. Ele já está preso desde a primeira Operação Intocáveis, em abril de 2019.
De acordo com informações do G1, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca foi preso Luiz Carlos dos Reis Príncipe Júnior e Clébia Conserva Barros Gondim, apontados como donos da construtora dos prédios que desabaram na Muzema, em abril de 2019, que mataram 24 pessoas.
Outro procurado desta quinta-feira é Francisco das Chagas de Brito Castro que movimentou quase R$ 8 milhões entre janeiro de 2017 e julho de 2018.
A movimentação levantou suspeita da polícia porque ele declarava ter um salário de R$ 4 mil como encarregado de obras.
Operações policiais para desmascarar lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas têm se tornado comuns.
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O Cointelegraph noticiou, que o Ministério Público autorizou a venda de R$ 150 milhões em Bitcoins apreendidos durante operação que prendeu Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro, suspeito de aplicar golpes com criptomoedas.
Gladson usava exchanges estrangeiras para ocultar transações em criptomoedas das autoridades brasileiras
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