A Polícia Federal prendeu na tarde desta terça-feira (12) um dos foragidos da Operação Kryptos, realizada no mês passado.
Segundo o jornal Extra, Michael de Souza Magno, conhecido como o “corretor das celebridades”, foi localizado quando passava pela Rodovia Castelo Branco, em Araçariguama, em São Paulo, a bordo de um Jaguar.
Michael Magno já havia sido denunciado por fraude contra o sistema financeiro nacional, no entanto, seguia foragido, ao contrário de Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, que está preso.
Mesmo encarcerado, Glaidson, conhecido como Faraó dos Bitcoins, estava recebendo em cela picanha, linguiça e celulares; depois da vistoria, direção do presídio será exonerada e Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, transferido para outra unidade.
Michael foi encaminhado a um presídio da capital paulista, mas deve ficar preso no Rio de Janeiro.
Ele ficou conhecido no eixo Rio-São Paulo por aparecer em fotos ao lado de artistas para os quais já teria vendido imóveis.
Segundo a Operação Kryptos, o corretor seria um importante operador da GAS que prometia 10% de rendimentos mediante investimento em criptomoedas.
A investigação mostra que não há vínculo formal entre o corretor e Glaidson, porém, Michael era, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), ligado ao casal Tunay Pereira Lima e Marcia Pinto dos Anjos, presos no mesmo dia que o ex-garçom Glaidson, 25 de agosto.
De acordo com a reportagem e segundo o MPF, entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, Michael movimentou mais de R$ 9,6 milhões em uma única conta-corrente.
A defesa de Michael de Souza Magno foi procurada pelo jornal, mas não retornou até a publicação.
O Cointelegraph publicou que a GAS Consultoria orientava clientes a ocultar investimentos em criptomoedas.
Um casal do Distroto Federal teria lavado R$ 281,7 milhões em BTC.
O caso, como publicou o Cointelegraph, fez o governo federal pedir ao Congresso um projeto de lei para regular exchanges no Brasil.
O objetivo da lei seria condicionar a atuação de exchanges de criptomoedas no Brasil à autorização expressa de um órgão regulador governamental.
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