A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (4) a Operação Sibila, em São Paulo (SP), para desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de criptomoedas.
Segundo a PF, os policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão temporária, dez mandados judiciais de busca e apreensão, sequestro de valores e bloqueio de bens, determinados pela Justiça Federal em São Paulo. Por volta das 8 horas, três pessoas haviam sido presas no âmbito da Operação Sibila, além de um mandado de prisão cumprido anteriormente, enquanto um quinto elemento estaria em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de acordo com a PF.
As investigações apontaram que o esquema utilizava empresas de fachada e interpostas pessoas para realizar a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas. A ação é um desdobramento da Operação Colossus de janeiro de 2024, quando foi preso o líder de uma rede criminosa que movimentou mais de R$ 50 bilhões em criptomoedas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2024.
O homem preso no aeroporto de Guarulhos, quando tentava embarcar para Dubai, é considerado o operador financeiro da organização criminosa. Segundo a em Dubai o homem fixou residência a fim de possibilitar a continuidade da prática criminosa de forma a dificultar a atuação das autoridades policiais brasileiras. A prisão ocorreu após dias de monitoramento do investigado pela Polícia Federal.
Nesse caso, a ação foi um cumprimento pendente da Operação Colossus, deflagrada em setembro de 2022, que não havia sido cumprida em razão de os suspeitos não terem sido localizados no país.
A PF também afirma que o investigado é responsável por diversos atos de lavagem de capitais por meio do recebimento de recursos financeiros de origem ilícita no país e sua disponibilização como criptoativos, tanto no exterior quanto no território nacional, dissimulando e ocultando a origem dos valores mediante sucessivas transações realizadas por diferentes empresas de fachada titularizadas por interpostas pessoas (“laranjas”). Além da prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.
Na última quarta-feira (3), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou Operação EBDOX. O nome remete ao alvo da ação, uma falsa exchange de criptomoedas que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em falsos investimentos no país, sob o comando de cidadãos chineses, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.