Por que o preço do Bitcoin caiu quase 1% hoje e voltou para US$ 110 mil? O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 03/09/2025, está cotado em R$ 604.792,83.

Os touros estão lutando para segurar o suporte de US$ 110 mil em dia que deve seguir com movimentação lateral sem grandes surpresas.

Por que o preço do Bitcoin caiu hoje?

O principal motivo apontado pelo analista da zexpire é o rompimento de suportes técnicos. O Bitcoin não conseguiu sustentar o nível de US$ 111.635, considerado pivô no curto prazo, e também ficou abaixo da média móvel de 30 dias, hoje em US$ 114.564. Além disso, enfrenta resistência no nível de Fibonacci de 61,8% (US$ 113.836).

Indicadores reforçam esse cenário. O MACD negativo (-167,86) mostra impulso vendedor, enquanto o RSI em 46,83 sinaliza uma faixa entre neutra e sobrevendida. O problema se intensificou pela queda do volume de negociação, que recuou 12,91% em 24 horas, limitando qualquer tentativa de reação. Caso o preço perca o suporte psicológico de US$ 110 mil, o próximo teste pode ocorrer em US$ 109.949, alinhado ao nível de Fibonacci de 78,6%.

Outro fator importante são os riscos de liquidação. Dados da Coinglass indicam que, caso o preço caia abaixo de US$ 110 mil, podem ocorrer US$ 1,23 bilhão em liquidações de posições compradas. Por outro lado, se o ativo subir acima de US$ 114 mil, o mercado poderá liquidar US$ 1,29 bilhão em posições vendidas.

Esse equilíbrio cria um cenário de compressão de volatilidade. Os traders estão posicionados em ambos os lados, o que mantém a indefinição do movimento. Isso significa que tanto uma queda mais acentuada quanto uma recuperação repentina permanecem possíveis, com o mercado aguardando um gatilho externo.

Além da análise técnica, o cenário global também pesa. O fortalecimento do dólar americano (DXY +0,5% na semana) reduziu o apetite por ativos de risco, enquanto a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve perdeu força. Essa combinação aumenta a cautela nos mercados.

Outro dado relevante vem dos ETFs. Os fundos de Bitcoin mantiveram o patrimônio em torno de US$ 144 bilhões, sem novos fluxos significativos. Já o Ethereum atraiu mais capital especulativo, após a expectativa de avanços regulatórios e técnicos, desviando parte da atenção dos investidores. O Índice de Temporada de Altcoins (55 pontos) mostra uma maior procura por alternativas além do Bitcoin.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos abriram em movimento misto, mas com o otimismo predominando, impulsionado por declarações dovish de autoridades do Federal Reserve e por dados de vagas de emprego nos Estados Unidos que mostraram fraqueza, elevando a probabilidade de corte de juros em setembro para impressionantes 96,6%.

O dólar enfraqueceu, enquanto os rendimentos dos títulos de longo prazo permaneceram elevados devido a preocupações fiscais. As commodities recuaram levemente, com o ouro cedendo após atingir recorde recente.

Já o Bitcoin apresentou leve recuperação, sendo negociado em aproximadamente US$ 111.700. A expectativa de curto prazo para o ativo é moderadamente positiva. O ambiente claramente dovish do Fed e a forte probabilidade de corte nas taxas de juros aumentam o apelo dos criptoativos.

De acordo com ele, a fraqueza do dólar e o movimento lateral do ouro após máximas históricas também ajudam a fornecer uma base técnica estável para o BTC.

Se o clima de liquidez permanecer favorável, o ativo pode retomar seu movimento de alta rumo à faixa de US$ 113.000–116.000. O risco, porém, persiste caso haja reversão das expectativas de política monetária ou intensificação dos temores fiscais.

Bitcoin análise técnica

Os últimos movimentos do Bitcoin não estão sendo guiados apenas por ETFs ou por grandes baleias, mas sim pela liquidez regional. Essa é a avaliação de Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR.

Segundo o analista, o mercado asiático costuma dar a largada nos movimentos, mas são os Estados Unidos que determinam se a tendência vai ou não se consolidar. “A Ásia acende a faísca, enquanto os EUA decidem se o movimento vira tendência”, explicou Ermolaev.

Do lado americano, o destaque é o Coinbase Premium Index (IPC). Um IPC positivo indica maior demanda institucional nos EUA, geralmente ligada à acumulação. “Quando o IPC fica acima de zero, os ralis tendem a se sustentar, porque significa que investidores institucionais estão comprando agressivamente”, destacou o analista.

Já na Ásia, os sinais vêm do Prêmio Coreano (KPI) e dos fluxos na Binance. O KPI entre +1% e +3% sugere demanda saudável, enquanto acima de +5% indica superaquecimento especulativo.

“Quando IPC e KPI estão verdes ao mesmo tempo, temos demanda global sincronizada, e isso abre espaço para altas explosivas do Bitcoin”, acrescentou Ermolaev.

No entanto, quando os indicadores caminham em direções opostas, o resultado costuma ser instabilidade. “A divergência cria um cabo de guerra, onde a liderança muda de acordo com o fuso horário. Isso amplia a volatilidade e confunde traders de curto prazo”, avaliou.

Para os próximos dias, Ermolaev acredita que a combinação entre os dois polos será decisiva.

“O verdadeiro catalisador para o quarto trimestre seria um IPC fortemente positivo nos EUA, acompanhado de compra contínua na Ásia. Esse alinhamento poderia sustentar uma tendência de alta mais duradoura”, concluiu o analista.

O Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, destacou ainda que, mesmo com a pressão de curto prazo, o Bitcoin mostra sinais de estabilidade técnica.

“Enquanto o preço se mantiver acima de US$ 107,4 mil e conseguir romper a faixa de resistência entre US$ 111,6 mil e US$ 113,6 mil, há espaço para buscar US$ 115 mil a US$ 118 mil.”

Para o Bitcoin, o analista da Bitunix destaca que a atenção recai sobre dois níveis-chave.

“Se o suporte em US$ 107 mil se mantiver, há espaço para recuperação. Já um rompimento acima de US$ 113,5 mil pode abrir caminho para patamares mais elevados”, concluiu o analista da Bitunix.

O resultado do ADP (relatório de empregos privados de agosto nos Estados Unidos) será, portanto, o primeiro grande termômetro da semana para calibrar apostas em ativos de risco, com reflexo direto no comportamento do mercado cripto.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, esta otimista e diz que o retorno acima de US$ 110 mil é um sinal de que os touros ainda estão no controle.

Porém, se o BTC perder esse nível, ele poderá entrar em uma breve consolidação por semanas.

Portanto, o preço do Bitcoin em 03 de setembro de 2025 é de R$ 610.151,93. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 03 de setembro de 2025, são: MemeCore (M), OKB (OKB) e Fartcoin (FARTCOIN) com altas de 19%, 7% e 6% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 03 de setembro de 2025, são: World Liberty Financial (WLFI), Pyth Network (PYTH) e Cronos (CRO), com quedas de -8%, -4% e -3% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.