Em mais um desdobramento das investigações em torno da Unick Forex, a Polícia Federal teria revelado uma impressionante trama dentro da empresa, envolvendo brigas internas, desconfianças, intimidações e possíveis crimes federais, tudo com a colaboração de ex- agentes da própria Polícia Federal, segundo revelou o Jornal NH.

Segundo as revelações, o advogado Fernando Baum Salomon, que seria 'sócio oculto' da Unick Forex, teria contratado uma equipe de investigação, que contava inclusive com hackers, para verificar se haviam investigações em curso na Polícia Federal sobre ele e os líderes da Unick Forex.

A equipe, seria comandada por um ex-agente da Polícia Federal que teria 'amplas' conexões com pessoas que ainda estavam na ativa na PF e poderiam colaborar com informações. Além disso, os investigadores também seriam responsáveis por intimidar líderes da Unick que estariam montando um 'golpe dentro do golpe'.

Estes líderes estariam captando dinheiro de clientes, que desejam investir na Unick, contudo as supostas lideranças não estariam 'repassando' o dinheiro para empresa, criando uma 'pirâmide dentro da pirâmide'.

Desta forma, Salomon teria dado 'outra função para a equipe de investigações clandestinas, a de intimidar os supostos líderes que estavam realizando esta prática, inclusive, se preciso usar de força física para que o 'golpe dentro do golpe' acabasse e todo dinheiro fosse repassado para a Unick. De acordo com a reportagem, o ex-agente da Polícia Federal teria sido instruído a dar um 'aperto bem forte' mas sem matar.

Além disso, teria ocorrido uma série de desentendimentos internos na Unick o que teria levado Salomon a instruir a equipe de investigadores para 'espionar' Leidimar Lopes e Danter Silva, acompanhando todos seus passo.

Salomon, nega todas as acusações e também foi preso durante a Operação Lamanai da Polícia Federal e assim como Leidimar, Danter e as outras pessoas continua sob custódia da Polícia.

A Unick Forex é uma suposta pirâmide financeira que teria aplicado um golpe bilionário prometendo rendimentos de até 400% em aplicações com Bitcoin e criptomoedas no mercado Forex, que é proibido pela CVM. A empresa foi notificada a cessar suas operações, contudo não atendeu às exigências da autarquia e, no primeiro semestre do ano, passou a atrasar os pagamentos dos clientes.

Alvo da Operação Lamanai da Polícia Federal, junto com os líderes foram apreendidos carros de luxo, jóias, dinheiro em espécie, além de 1500 Bitcoin e mais de R$ 200 milhões bloqueados em contas bancárias.

Como noticiou o Cointelegraph, além dos bens apreendidos há suspeitas de que a Unick Forex teria ocultado patrimônio em países da Europa como Mônaco, onde a empresa teria comprado um iate de luxo e Luxemburgo.

De fato a Polícia Federal já havia revelado que a Unick teria usado empresas offshore para mandar dinheiro para as nações citadas e também para Belize e Panamá. A empresa responsável pela 'ocultação' dos bens seria uma offshore que operava no Uruguai.

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