Uma reportagem publicada em 18 de dezembro pelo Jornal NH, revelou que Leidimar Lopes, presidente da Unick Forex, não seria o único 'dono' da suposta pirâmide financeira. De acordo com a publicação, que teve acesso ao inquérito da Polícia Federal, haveria outros sócios ocultos do suposto esquema.
Um destes supostos sócios teria sido preso pela Polícia Federal durante a Operação Lamani.
Ele teria cedido contas pessoais e de seu escritório para a suposta organização criminosa manter valores que teria captado dos clientes, e reportaria movimentações nestas contas a Leidimar Lopes. Além disso ele teria efetuado movimentações de conta bancária do seu escritório para empresas que teriam sido indicadas por Leidimar para fins de pagamentos a clientes da Unick Forex.
No entanto, interceptações telefônicas de líderes da Unick Forex realizadas pela Polícia Federal (PF) revelaram que havia muito mais, e que o suposto sócio teria atuado, por meio de contatos, junto a Polícia Federal para obter informações sigilosas sobre a investigação, antes mesmo da Operação Lamanai ocorrer.
Segundo a reportagem, o suposto sócio, teria contratado um serviço de espionagem para obter informações sigilosas sobre a investigação. O movimento teria começado logo após a Polícia Federal ter realizado a operação que acabou com a Indeal, outra empresa acusada de ser uma pirâmide financeira.
Com receio de que assim como a Indeal a Polícia Federal iniciasse uma investigação contra a Unick e seus líderes, o suposto sócio teria contratado até hackers. O serviço todo de espionagem seria comandado por um ex-policial federal aposentado, ligado a ex-diretores da PF, como o ex-diretor Geral da PF, Leandro Daiello Coimbra.
Aparentemente o serviço de espionagem conseguiu identificar algumas informações sobre o inquérito, fazendo com que os diretores da Unick Forex iniciaram uma 'operação' para ocultar bens da empresa e dos supostos líderes.
A ocultação de bens teria sido realizada em países da Europa como Mônaco, onde a empresa teria comprado um iate de luxo e Luxemburgo. De fato a Polícia Federal já havia revelado que a Unick teria usado empresas offshore para mandar dinheiro para as nações citadas e também para Belize e Panamá. A empresa responsável pela 'ocultação' dos bens seria uma offshore que operava no Uruguai.
A Unick Forex é acusada de operar um esquema de pirâmide financeira que teria movimentado até R$ 28 bilhões. A empresa ofereria rentabilidade de até 4% ao dia, por meio de suposta operações no mercado Forex, proibido no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários.
A empresa que já havia sido notificada pelo menos três vezes pela CVM para cessar seus serviços teria começado a atrasar os saques de seus clientes no primeiro semestre do ano, gerando inúmeras ações judiciais, investigações e denúncias as autoridades.
Como noticiou o Cointelegraph, a Unick Forex, alvo da operação Lamanai da Polícia Federal, pode ter dinheiro "escondido" nos EUA, segundo informou Lucimari Boff, uma das líderes da Unick, em um áudio que circula nas redes sociais.
Sem dar detalhes de como seria esta operação, Boff, que aparentemente enviou o áudio para um investidor da empresa, alega que os recursos da Unick estariam em aplicações no exterior, em países como EUA e Belize, onde a empresa afirma ter um escritório - informação que chegou a ser desmentida pelo administrador do edifício que a empresa afirmou ser a sua sede.
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