A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (25/8) a Operação Vita Continuat, que apura crimes de lavagem de dinheiro de um grupo investigado na Operação Egypto.
Vita Continuat, é um termo em latim que significa “vida que segue” e faz referência ao fato de que os envolvidos na Operação Egypto seguiram a usufruir dos recursos ilícitos obtidos, agora identificados na operação deflagrada na manhã de hoje.
Policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, nas cidades de Dois Irmãos, Estância Velha (RS), Florianópolis (SC), São Paulo e Suzano (SP).
A investigação indica manobras para ocultação de patrimônio por sócios da principal empresa investigada na Operação Egypto, ocorridas após a deflagração da ação em maio/2019.
O Cointelegraph publicou que o Brasil recuperou R$ 130 milhões em criptomoedas que foram usadas em crime de lavagem de dinheiro. O saldo repatriado estava em uma exchange dos Estados Unidos, e pertencia a um líder da empresa Indeal.
Superior Tribunal de Justiça nega pedido de líderes da Indeal, pirâmide de Bitcoin derrubada em 2019
Em março deste ano, o Cointelegraph também publicou que a Polícia Federal prendeu novos envolvidos com a Indeal, pirâmide financeira de Bitcoin.
Nessa fase, a PF cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária no Rio Grande do Sul (um preso) e em São Paulo (dois detidos), Rio de Janeiro e Espírito Santo (um preso em cada um destes dois Estados), dois continuam foragidos.
Já nesta quarta-feira (25), a PF divulgou que dados coletados em análises de documentos e mídias apontaram que alguns dos sócios mantiveram negócios com patrimônio em nome de terceiros, bem como buscaram acesso ao capital acumulado antes da primeira fase da Operação Egypto.
Novos suspeitos foram identificados como parceiros de negócios com os já réus da ação penal da Operação Egypto e, agora, terão seus negócios investigados quanto à licitude.
Os investigados na Operação Vita Continuat poderão responder, de acordo com a participação individual, pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os bens e valores identificados na investigação serão colocados à disposição da Justiça Federal.
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