A partir de uma decisão da Justiça Federal de Imperatriz (MA), cerca de 40 agentes da Polícia Federal (PF) deram início na manhã desta quarta-feira (10) à “Operação Bit Tracking” com objetivo de cumprir nove mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva Imperatriz, localizada na região metropolitana do sudoeste do Maranhão.

De acordo com informações da PF, o grupo que se dedica a crimes cibernéticos estaria por trás do roubo de US$ 1,5 milhão em Bitcoins (BTC), aproximadamente R$ 7,5 milhões pela cotação atual do dólar americano, que teriam sido desviados de uma exchange de criptomoedas dos Estados Unidos, que não teve o nome divulgado.

A Polícia Federal justificou a ação contra os indiciados pela necessidade de buscar elementos que possam comprovar a participação de outros membros do grupo criminoso, além de recuperar os ativos financeiros subtraídos. 

A investigação começou a partir de uma notícia encaminhada pelo FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, por meio de uma cooperação jurídica internacional que indicava que brasileiros haviam subtraído as criptomoedas de uma plataforma situada no país da América do Norte. 

Após a informação, a PF aprofundou as investigações até identificar as pessoas responsáveis pelo crime, o que aconteceu através do rastreamento das transações feitas pelas carteiras digitais envolvidas, que tiveram como destino final valores creditados em reais em contas correntes de brasileiros, residentes em Imperatriz. 

Os suspeitos responderão pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, previsto no artigo 155, §4, II, do Código Penal, e associação criminosa, estabelecido artigo 288, caput, do Código Penal, que podem resultar em até 11 anos de reclusão, em caso de condenação. 

Em julho a PF deflagrou outras três operações com objetivo de desarticular uma quadrilha que criou uma criptomoeda para lavar dinheiro de garimpo ilegal, o que teria representado US$ 3 milhões segundo um relatório da PF, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil

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