Para Pedro Coutinho, CEO da Getnet, não há dúvidas de que o dinheiro vai migrar de seu formato físico para o digital, seja ele com Bitcoin, criptomoedas, CBDC ou pagamentos virtuais.

Desta forma, segundo declarou durante o evento "Future of Money" promovido pela Exame, o executivo frisou que, no Brasil, o Pix terá um grande potencial para impulsionar esta digitalização.

"Sempre me perguntam qual é o futuro do dinheiro? O dinheiro hoje representa 40% dos gastos do país, um volume muito expressivo e já existem países no mundo nos quais o dinheiro tem prazo para ser extinto, como por exemplo, nos países nórdicos, onde até 203 não terá mais dinheiro físico somente digital", declarou.

Ainda segundo o executivo o Pix deve desempenhar um papel de vanguarda nesta digitalização da economia no país.

"Aqui a nossa expectativa é que o Pix terá um papel muito importante em reduzir esse valor de dinheiro em circulação. Nós não temos dúvidas que o Pix pode ajudar a reduzir os custos do dinheiro, como custos do transporte de moedas, custos de reposição de moedas, assalto, violência, entre outros", declarou.

O executivo também fez questão de salientar que o Pix inclusive é uma oportunidade de melhorar a eficiência do Brasil.

"Fim do dinheiro"

Já para Alexandre Pinto, diretor de Inovação e Novos Negócios da Matera, o futuro dos pagamentos não será feito nem por meio de QR Code, NFC, ou cartões físicos, para ele, os pagamentos do futuro serão invisíveis e até mesmo sem a necessidade de humanos.

Alexandre define como pagamento invisível aquele que não é necessário nenhuma ação do usuário.

Assim, o usuário não precisa escanear um código, digitar um senha, aproximar uma pulseira ou um cartão, ele simplesmente paga, "sem ação".

"O pagamento invisível acontece quando não precisamos executar nenhuma ação específica relacionada com o ato de pagar. Provavelmente, o caso mais conhecido de pagamento invisível é o Uber", destaca.

Portanto, para o especialista o dinheiro físico está com os dias contados e seu destino é ser obsoleto.

Entendendo o dinheiro como tecnologia ele será substituído por outra que atenda melhor os requisitos de uma nova era.

"Finalmente, o surgimento de novos tipos de e-wallets que fazem uso mais intenso de biometria, ou até mesmo com chips implantados no corpo, despertará preocupações pertinentes sobre privacidade e segurança (...) Como consequência, cartões, dinheiro em espécie e celulares como meios de pagamento terão o mesmo destino dos CDs/DVDs, telefones fixos e aparelhos de fax", finaliza.

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