Uma investigação sobre fraudes envolvendo criptomoedas terminou com o encerramento de uma empresa apontada como pirâmide financeira. Com sede em Balneário do Camboriú, Santa Catarina, o esquema prometia lucros de 3% ao dia com investimentos em Bitcoin.
A “Operação Criptomoedas” no sul do Brasil encerrou as atividades da Go Capital Empresa após a deflagração de cinco mandados de busca e apreensão contra a plataforma que oferecia até 90% de lucro ao mês.
Os mandados foram cumpridos pela Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) após a denúncia sobre o caso ser encaminhada ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Lucro de 3% ao dia com Bitcoin
A empresa investigada pelo MPSC oferecia lucros duvidosos que podiam ultrapassar 90% ao mês com investimentos em Bitcoin. De acordo com a investigação da “Operação Criptomoedas”, a atividade do negócio era semelhante a uma pirâmide financeira.
A “Operação Criptomoedas” foi deflagrada nesta última quarta-feira (17) em Balneário do Camboriú - SC, onde cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela GAECO.
No Facebook, uma publicação no perfil oficial da Go Capital Empresa mostra que as atividades do esquema foram encerradas com a operação policial.
Segundo a investigação sobre a empresa, as operações da plataforma foram denunciadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após a oferta de investimentos duvidosos em Bitcoin através de redes sociais.
Sendo assim, a CVM encaminhou uma denúncia sobre o esquema para a 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário do Camboriú, que organizou a investigação que culminou na deflagração da “Operação Criptomoedas”.
“Informamos que as atividades da empresa estão suspensas por força da decisão judicial nº (5004363-86.2020.8.24.0005) da 2ª Vara Criminal da Comarca de Balneário Camboriú.”
Pirâmide financeira e corrupção
A Go Capital Empresa é considerada um negócio de investimentos, de acordo com a descrição da plataforma no Facebook. Prometendo lucros com Bitcoin e outras criptomoedas, o esquema foi encerrado após uma operação policial.
As investigações sugerem que as vítimas da pirâmide financeira começaram a enfrentar problemas com saques de investimentos. Além de atuar em Balneário do Camboriú - SC, a plataforma tinha clientes em todo o Brasil.
A associação criptomoedas com a prática de crimes financeiros fez a Polícia Federal desencadear também recentemente a Operação EXAM em Cabo Frio, Rio de Janeiro.
Conforme noticiou o Cointelegraph, o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU) investiga o superfaturamento de licitações relacionadas a saúde na cidade fluminense.
A Operação EXAM teve como alvo a Secretaria Municipal de Saúde de Cabo Frio - RJ e o Hospital de Campanha Unilagos.
Nesse caso, estima-se que mais de R$ 7 milhões correspondem às licitações superfaturadas, sendo que R$ 370.000 em Bitcoin (BTC) foram apreendidos pela Polícia Federal.
Leia Mais:
- Polícia do RS investiga pirâmide financeira que deixou prejuízo de R$ 50 milhões e lavava dinheiro na Indeal
- Bitcoin Brasil Crédito é investigada pela Polícia Civil de São Paulo por estelionato
- Polícia Federal apreende Bitcoin em operação Operação Exam sobre corrupção na Saúde do Rio de Janeiro
- O banco central europeu vai discutir Bitcoin e Blockchain com os jovens
- Citibank Índia proíbe ambos os cartões de crédito e débito para compras de criptomoedas, citando "riscos"
- Blockchain e energia - farinha do mesmo saco
- Carteira cripto suíça 'cartão inteligente' Tangem recebe 15 milhões de dólares do grupo SBI do Japão