Resumo da notícia:
ZEC, DEXE, SPX e COAI despontam com entrada de capital líquido no mercado cripto, enquanto dólar americano perde força.
PMI e perda de empregos nos EUA servem como catalisadores para o mercado cripto, já que reforçam a possibilidade de corte de juros pelo Fed.
Índice do medo em queda resulta em alta na pressão compradora de altcoins.
Na manhã desta quinta-feira (2), o mercado de criptomoedas respondia por US$ 4,08 trilhões (+2%) em market cap. O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 118,8 mil (+2,1%) com dominância de mercado a 58,1%, neutralidade dos investidores (51%) e a maioria das principais altcoins em alta, de até 105%.
Entre as 100 altcoins mais bem capitalizadas, ZEC, DEXE e SPX eram transacionados respectivamente por US$ 114,73 (+69,3%), US$ 11,83 (+27,2%) e US$ 1,21 (+15,9%). Já a faixa compreendida entre os 500 maiores market caps era capitaneada pelo ChainOpera AI (COAI), trocado de mãos por US$ 0,41 (+105,5%).
O rali das criptomoedas ocorria na esteira da fuga de capital do dólar americano, já que o índice de força da moeda fiduciária (DXY) apresentava retração a 97,60 pontos (-0,14%). Recuo que também contrastava com a alta de índices acionários, como o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, encerrados em respectivos 6.711,20 (+0,34%) e 22.755,16 pontos.
A pernada de alta acionária e do BTC se associava a novos dados que reforçam a possibilidade de mais cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), como forma de aquecimento da economia estadunidense. Um deles foi o relatório divulgado na última quarta-feira (2) pelo Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês), apontando aumento a 49,1 pontos no índice dos gerentes de compras (PMI) industrial ante 48,7 pontos de agosto, portanto em zona de contração. Já o relatório ADP Research indicou perda de 32 mil postos de trabalho em setembro.
Os novos dados da economia dos Estados Unidos também coincidiam com o shutdown (paralisação) de serviços do governo pelo impasse entre democratas e republicanos na aprovação do orçamento fiscal do governo do presidente Donald Trump, que já ameaça promover demissões em massa de funcionários públicos. Apesar disso, o VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, estava recuado a 16,08 pontos (-1,2%).
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e Ethereum (ETH) também espelhavam otimismo com o Fed e indiferença ao shutdown, avançando através de respectivas entradas líquidas de US$ 675,81 milhões e US$ 80,79 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 216 bilhões (+4%) no Interesse Aberto e recuo a US$ 289,4 bilhões (-4,9%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas se retraía a US$ 357,1 milhões (-44,2%), com desvantagem para os ursos, já que a liquidação de posições vendidas (shorts) chegava a US$ 275 milhões ante US$ 82 milhões em liquidações de posições compradas (longs).
A 62,64 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava aumento da pressão compradora de criptomoedas. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como LTC, APT, DOGE, DOT, ETH, SOL, XRP, UNI, ONDO, PENGU, ETC, STRK, OP, ALGO, SPX, MANA, PNUT, AIA, ILV, CELO, IOTA, DUSK. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como XPL, ASTER, AVNT, IP, LINEA, MYX, ATH, BERA, H, HEMI, SOLV, ZKC, HIPPO, HANA, MIRA, FF, OG, DAM, VELVET.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava avançado a 66 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o M recuava a US$ 2,11 (-10,2%), o MYX se retraía a US$ 14,32 (-6,8%) com alta semanal de 57,5%), o XPL retornava a US$ 0,97 (-5,3%), o APT avançava a US$ 5,05 (+9,8%), o QNT era trocado por US$ 109,09 (+6,6%), o AERO se convertia em US$ 1,12 (+6,3%) e o PYTH se nivelava por US$ 0,16 (+6,5%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o CRO era trocado por US$ 0,22 (+12,5%), o XMR chegava a US$ 334,43 (+11,1%), o LTC orbitava US$ 122,02 (+10,6%), o DASH pareava US$ 36,66 (+41%), o ZORA se equiparava a US$ 0,061 (+28,1%), o DOG estava precificado em US$ 0,0026 (+20,3%), o NMD valia US$ 16,69 (+38,3) com alta acumulada de 228,5% em sete dias, o TRAC estava precificado em US$ 0,42 (+28,3%), o AURA ascendia a US$ 0,098 (+34,7%) e o XVG era trocado por US$ 0,0067 (+19,1%).
Entre as novas listagens estavam DoubleZero (2Z) na Bitget e na Binance, nesse caso com airdrop de 35.000.000 2Z pelo programa HODLer, direcionado a detentores de BNB; Q, XAN e CARDS na CoinEx; coai NA Bybit Futuros, SUPER na Bithumb, MYX na Kraken, XSGD na Coinbase, OPEN e BGSC na Biconomy, PROVE e MITO na Indodax.
No dia anterior, as criptomoedas ignoraram o shutdown e subiram até 80% com o Bitcoin acima de US$ 116 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.