Resumo da notícia
Bitcoin rompe US$ 118 mil e já mira os US$ 120 mil
Cenário macro favorece ativos de risco com dólar enfraquecido e ouro em alta
Dados da Binance mostram capitulação, retomada do OI e compras agressivas
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Preço do Bitcoin ao Vivo
10h -
Guilherme Prado, country manager da Bitget
O mercado cripto apresenta forte alta entre ontem e hoje, com o Bitcoin negociado próximo de US$ 118.800 em meio a um movimento generalizado de valorização. O otimismo é impulsionado por fatores macroeconômicos e setoriais, como fluxo institucional, narrativa positiva em torno de ETFs spot, corte de juros pelo Fed e o início do tradicional “Uptober”, período historicamente favorável para os criptoativos. O BTC já acumula alta superior a 2% nas últimas 24h, rompendo a barreira dos US$ 118 mil e mirando os US$ 120 mil — ponto decisivo que pode abrir caminho para uma nova máxima histórica.
Um dos principais catalisadores do movimento foi o atual shutdown do governo americano. A paralisação das atividades federais aumentou a incerteza sobre a economia dos EUA, pressionou o dólar e levou investidores a buscar alternativas de proteção e diversificação, como ouro e principalmente criptomoedas. Nesse ambiente, há menor confiança em ativos tradicionais e maior apetite por risco e inovação, ampliando o fluxo para Bitcoin, Ethereum e altcoins.
O sentimento positivo também é reforçado pela recente mudança de regras da SEC para listagem de ETFs de commodities, que pode viabilizar a aprovação simultânea de vários fundos focados em cripto ainda neste mês. Além disso, o enfraquecimento do dólar e a alta do ouro ampliam a busca por ativos alternativos. O resultado é uma rápida virada no sentimento do mercado, que passou do medo para a ganância, levando a liquidações de posições vendidas e sugerindo que o atual rali pode marcar o início de um movimento mais amplo — especialmente em setembro e outubro, meses historicamente fortes para o Bitcoin.
Do ponto de vista técnico, o BTC mantém clara tendência altista, operando acima das médias móveis de 50, 100 e 200 períodos. O RSI em torno de 62 indica pressão compradora sem sinal de sobrecompra extrema, enquanto o liquidity map mostra suporte relevante na região de US$ 110.000 e resistência decisiva nos US$ 120.000. Caso esse nível seja superado, o preço pode avançar rapidamente até US$ 123.000. Paralelamente, a altseason dá sinais de consolidação: 75% das maiores altcoins já superam o desempenho do Bitcoin, e o índice altseason chegou a 66 pontos, com tokens ligados a DeFi, layer 2 e inteligência artificial entre os destaques do ciclo atual.
9h15-
Marco Aurélio Moreira - CIO da Vault Capital
Hoje, dia 02/10/25, ao analisarmos o Bitcoin, observamos que desde o dia 25 até agora o ativo vem em movimento praticamente contínuo de alta, interrompido apenas por pequenas correções no gráfico de 4h, o que resultou em uma valorização máxima de 9,5%. No meio desse processo, houve uma liquidação em massa que acabou impulsionando ainda mais o preço. Esse tipo de avanço rápido, no entanto, costuma gerar estruturas pouco saudáveis de alta, já que o RSI encontra-se em região de sobrecompra. As médias móveis estão bastante afastadas do preço com a média de 9 períodos no diário em torno de US$ 114.910 e o gráfico de 4h mostra o preço trabalhando muito distante dessas médias, condição que frequentemente antecede correções. Durante a noite, o Bitcoin chegou a testar a região de US$ 119.300, considerada um ponto crucial. Caso não consiga consolidar um fechamento acima dessa faixa, há espaço para uma correção em direção a US$ 117.900 e, se esse nível não for sustentado, podemos ver o retorno do preço para a zona anterior em que vinha trabalhando, entre US$ 116.200 e US$ 114.330.
8h30 -
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 02/10/2025, está cotado em R$ 631.303,88. Os touros conseguiram romper o nível de US$ 118 mil e agora miram US$ 120 mil que, se rompido, pode impulsionar uma nova máxima histórica.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos subiram, impulsionados pelas ações de tecnologia e pelas expectativas crescentes de cortes de juros nos Estados Unidos após os dados fracos de emprego do relatório ADP.
O shutdown do governo americano reforçou a incerteza, enquanto o ouro renovou máximas históricas ao superar US$ 3.895. O dólar segue enfraquecido e os rendimentos dos Treasuries recuaram, com o mercado precificando cortes de 25 pontos-base tanto em outubro quanto em dezembro pelo Federal Reserve. As bolsas de Wall Street e os índices de semicondutores também avançaram com força.
O petróleo subiu levemente em meio a rumores de novas sanções ao petróleo russo. Já o Bitcoin, cotado a US$ 118.500, apresenta expectativa de curto prazo positiva. Esse nível já indica que o mercado está absorvendo expectativas de estímulo monetário e fluxo de liquidez abundante.
Caso os próximos dados econômicos ou falas de autoridades reforcem o viés de cortes ou confirmem uma estabilização da inflação, o BTC pode romper resistências importantes, como a dos US$ 120.000, e seguir com momentum de valorização. Por outro lado, se surgirem surpresas hawkish ou um fortalecimento repentino do dólar, a correção pode ser intensa — especialmente se houver violação de suportes próximos”, apontou
Bitcoin, oportunidades em outubro
Em análise publicada pela WisdomTree, Dovile Silenskyte, diretora de pesquisa em ativos digitais, destacou os cinco fatores que devem moldar o mês de outubro para o mercado de criptomoedas;
Para a especialista, a entrada de instituições no mercado cria um ciclo positivo. “A adoção institucional já é uma realidade. Quanto maior a demanda, melhor o acesso; quanto melhor o acesso, mais ampla a adoção”, afirmou Silenskyte.
Segundo dados levantados, os fluxos para ETPs de Bitcoin superaram US$ 37 bilhões em um ano, enquanto empresas listadas em bolsa já detêm 5% da oferta circulante da moeda. Hedge funds também ampliam posições, com contratos futuros e opções somando mais de US$ 88 bilhões em interesse aberto.
No campo macroeconômico, Silenskyte alerta que a deterioração das contas públicas americanas favorece ativos como o Bitcoin. “Com déficit acima de 6% do PIB e dívida em trajetória explosiva, cresce o risco de desvalorização do dólar. Nesse contexto, o Bitcoin se destaca como ativo apolítico e transparente”, disse.
A analista ressaltou ainda que os investidores não veem mais as altcoins como apostas especulativas generalizadas. “O mercado exige integração com a economia real. Solana, Ethereum e XRP são exemplos claros de utilidade prática”, afirmou.
Outro ponto decisivo é a regulamentação. Para Silenskyte, a aprovação de legislações como o GENIUS Act nos EUA e o MiCA na Europa abre caminho para maior segurança jurídica. “A clareza regulatória remove a maior barreira à entrada institucional. O capital agora deve acelerar, mas de forma seletiva”, explicou.
Por fim, a tokenização de ativos reais e a evolução do DeFi 2.0 criam novas frentes de crescimento. Segundo a WisdomTree, já existem mais de US$ 28 bilhões em ativos tokenizados, incluindo títulos públicos, crédito privado e commodities.
Bitcoin análise técnica
Rompimento acima de US$ 118 mil com o Bitcoin recuperando a média móvel simples de 50 dias. O MACD ficou positivo, com metas em US$ 120 mil – US$ 124 mil . Risco: lacuna não preenchida na CME em US$ 110 mil – US$ 111 mil”, aponta Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin.
De acordo com o analista Amr Taha, da CryptoQuant, o ponto de virada para a alta correu em 25 de setembro, quando o Open Interest (OI) — indicador que mede posições em aberto nos derivativos — caiu 13,5%, sinalizando um momento de capitulação. Na mesma data, o Bitcoin recuou para sua mínima local de US$ 109 mil.
“Esse mergulho no Open Interest mostrou que os traders estavam desistindo, fechando posições de forma massiva. Era um sinal claro de capitulação”, explicou Taha.
Nos dias seguintes, a tendência mudou rapidamente. Até 2 de outubro, o OI havia se recuperado em 11%, levando o preço do BTC a US$ 119 mil. “Em apenas uma semana, vimos uma oscilação de 24,5% no OI, passando do extremo pessimismo para o auge do otimismo”, destacou.
Outro indicador crucial foi o Net Taker Volume — que mede a diferença entre ordens de compra e venda executadas. No início do mês, o índice registrou +US$ 1,62 bilhão, o maior valor positivo de todo setembro.
“Esse número revela a completa dominância das ordens de compra. O mercado saiu de um território negativo para um quadro de compras agressivas, com os compradores assumindo o controle total”, avaliou o analista.
O rompimento da barreira dos US$ 119 mil também desencadeou uma onda de liquidações. Stop-loss de posições vendidas foram acionados, transformando ordens de venda em compras a mercado.
“Quando vendedores são forçados a recomprar a preços mais altos, temos um movimento típico de short covering. Isso aumenta a pressão de alta e acelera ainda mais o rali”, explicou Taha.
Combinando a alta do Open Interest, o volume comprador dominante e as liquidações em massa, o Bitcoin ganhou tração e consolidou seu movimento de recuperação.
Para Taha, os sinais atuais reforçam que o mercado entrou em um ciclo de otimismo. “Esse tipo de movimento costuma criar um efeito de retroalimentação: quanto mais sobe, mais posições vendidas são liquidadas, e maior fica a pressão compradora”, concluiu.
Portanto, o preço do Bitcoin em 02 de outubro de 2025 é de R$ 631.303,88. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 02 de outubro de 2025, são: Zcash (ZEC), DeXe (DEXE) e SPX6900 (SPX), com altas de 63%, 27% e 16% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 02 de outubro de 2025, são: Memecore (M), MYX Finance (MYX) e Plasma (XPL) com quedas de -11%, -5% e -4% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.