Resumo da notícia:

  • Níveis de liquidações de touros e ursos indicam mais volatilidade.

  • Dados do mercado de trabalho dos EUA ofuscam shutdown e favorecem criptomoedas.

  • Pressão de compra de altcoins também aumenta.

O mercado de criptomoedas operava com US$ 4 trilhões (+3,1%) em market cap na manhã desta quarta-feira (1º). O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 116,5 mil (+3,1%) com 58,1% de dominância de mercado, neutralidade dos investidores (42%) e a maioria das altcoins em alta, de até 80%.

No X, o especialista em criptomoedas e empreendedor Ted Pillows observou duas áreas de liquidez do Bitcoin, nas operações de alavancagem em exchanges. Um delas entre US$ 107 mil e US$ 108 mil, com liquidação de US$ 8 bilhões em posições compradas (longs), e outra no nível de US$ 118 mil a US$ 119 mil, com US$ 7 bilhões em liquidações de posições vendidas (shorts). Em outras palavras, Pillows sinalizou que o rali do Bitcoin pode se estender a US$ 119 mil ou corrigir a US$ 107 mil.

A pernada de alta do Bitcoin e de diversas altcoins se correlacionava com a alta do S&P 500 e do Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do BTC, encerrados em respectivos 6.688,46 (+0,41%) e 22.660,01 (+0,30%). O que sucedia a divulgação de dados otimistas do mercado de trabalho dos Estados Unidos. De acordo com o relatório Jolts (Job Openings and Labor Turnover Survey), divulgado na última terça-feira (29) pelo Departamento do Trabalho, o país registrou alta de 20 mil vagas de trabalho em agosto em relação ao mês anterior e chegou a 7,22 milhões de vagas.

Os dados das plataformas indicavam que os mercados podem não ter precificado o shutdown (paralisação) dos serviços públicos do governo dos EUA, pelo impasse entre democratas e republicanos na aprovação do orçamento do governo do presidente Donald Trump. O que deve comprometer a divulgação de outros possíveis catalisadores de volatilidade para mercados como o de criptomoedas. Entre eles o payroll, relatório de vagas de emprego não agrícolas, previsto para sexta-feira (3).

Por outro lado, dados apresentados pela agência S&P Global apontaram retração a 53,6 pontos em setembro ante 54,6 pontos em agosto no Índice de Gerente de Compras (PMI) composto. O que indica esfriamento nos setores de indústria e serviços, podendo impactar mercados como o de criptomoedas.

Na seara da cautela, o VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, estava avançado a 16,86 pontos (+4,6%). Apesar disso, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e Ethereum (ETH) avançaram através de respectivas entradas líquidas de US$ 429,96 milhões e US$ 127,47 milhões, segundo dados da SoSoValue.

O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 207,8 bilhões (+3,8%) no Interesse Aberto e avanço a US$ 303,2 bilhões (+11,7%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas chegava a US$ 622,9 milhões (+63,9%), com desvantagem para os ursos, já que a liquidação de posições vendidas (shorts) chegava a US$ 400,5 milhões ante US$ 222 milhões em liquidações de posições compradas (longs).

A 56,34 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava aumento da pressão compradora de criptomoedas. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como BCH, ETH, PUMP. SOL, PENGU, ADA, AAVE, CRV, STRK, S, ZEC, CHZ, SOON, DASH, ZEN, KDA, XVG. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como XPL, ASTER, ETHFI, EIGEN, IP, LINEA, MERL, ATH, STBL, ZRO, SOLV, ALPINE, OG, ZKC, HOLO, SIGN, OPEN, COAI, DAM.

Mapa de calor de 4 horas do RSI das criptomoedas. Fonte: Coinglass.

O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava recuado a 58 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o ASTER recuava a US$ 1,71 (-3,4%), o XPL valia US$ 1,04 (-1,2%), o ENA avançava a US$ 0,59 (+9,9%), o SPX alcançava US$ 1,04 (+8,8%), o APT representava US$ 4,60 (+8,3%), o CRV era trocado por US$ 0,71 (+8%) e o RAY se comparava a US$ 2,78 (+8%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o ZEC chegava a US$ 93,67 (+44,4%) com acumulado de 74,3%, o SQD era transacionado por US$ 0,22 (+80%), o LAUNCHCOIN era trocado de mãos por US$ 0,10 (+34%), o SOMI estava precificado em US$ 0,91 (+29,1%), o PUMP saltava a US$ 0,0067 (+25,9%), o PENGU era comprado por US$ 0,030 (+12,3%), o DRIFT se comparava a US$ 0,89 (+22,6%), o DASH representava US$ 26,31 (+18,2%) e o SOMI orbitava US$ 0,94 (+33%).

Entre as novas listagens estavam NOM na Binance Futuros, Bitget Futuros Bybit Futuros, Phemex e BitMart, SOMI na Upbit e Bithumb, ORDER na Crypto.com e OKX Futuros, STRIKE na Gate.io, VIRUS na LBank, EDEN na Bitrue e Biconomy.

No dia anterior, as criptomoedas caminharam em linha e o Bitcoin buscava US$ 113 mil com risco de shutdown nos EUA, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.