A Serasa Experian anunciou esta semana a criação de uma carteira em blockchain que serve para autenticar credenciais e facilitar o acesso dos clientes a sites como de e-commerce, contas bancárias e serviços financeiros.

De acordo com informações do Valor, a ideia é que a carteira seja um atalho seguro para que os usuários façam login automático, sem preenchimento de cadastro, de forma semelhante ao que ocorre quando alguém efetua registros em sites usando credenciais do Google.

No entanto, a Serasa explicou que, com a utilização da blockchain, as informações importadas são mais profundas e seguras, já que estão registradas em blockchain. No caso a Distributed Ledger Technology (DLT) Hyperledger Besu, que é a blockchain adotada pelo Banco Centra (BC) para o Drex, a versão nacional de moeda digital emitida por banco central (CNBC), o “real digital”.

De acordo com o executivo de autenticação e prevenção a fraude da Serasa, Marcelo Queiroz, a blockchain representa a união entre segurança, interoperabilidade e garantia de rastreabilidade, já que as credenciais utilizadas ficam registradas pela tecnologia.

Queiroz, que trabalhou no piloto do Drex pela ClearSale, empresa comprada posteriormente pela Serasa, disse que aproveitou essa experiência para transformar dados em blockchain, já que a DLT inclui dados como números de celular e endereço. Ele acrescentou que as identidades são reutilizáveis e podem ser aproveitadas em várias jornadas.

Ele adiantou que, embora o objetivo inicial da carteira seja o acesso a sites de varejo e de serviços financeiros, a empresa não descarta expandir a solução de credenciais para serviços como crédito.

Marcelo Queiroz observou que a solução de infraestrutura de dados tokenizados conecta a Serasa à agenda do Drex e do Open Finance, embora não seja esse o objetivo inicial de uso da plataforma.

Em março, a Serasa divulgou uma pesquisa apontando que mais da metade dos brasileiros foi alvo de golpes financeiros em 2024 e culpa é da IA, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.