A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) lançam na próxima sexta-feira (25) o Observatório Nacional de Blockchain, uma iniciativa que nasce com a missão de mapear, divulgar e fomentar o desenvolvimento da tecnologia no país.
A nova plataforma é fruto do Projeto Ilíada, desenvolvido pela RNP e CPQD com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Segundo a RNP, o Observatório surge como uma ferramenta estratégica para conectar universidades, empresas e o governo em prol do avanço da inovação no Brasil, já que a blockchain tem ganhado espaço em aplicações no setor público e privado, graças à sua capacidade de garantir mais segurança e transparência na gestão de dados, além de ser um dos pilares da Web3.
O observatório foi idealizado pela saudosa professora Fabiola Greve, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e inspirado em uma iniciativa semelhante na Europa, de acordo com o diretor adjunto da Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP, Leandro Ciuffo.
“O nosso desejo é ser uma fonte de agregação de informações sobre iniciativas em desenvolvimento por entes públicos e privados, contribuindo assim para o diálogo e a integração entre atores da academia, governo e setor empresarial”, explicou Ciuffo.
Entre as funcionalidades do Observatório estão:
Mapa de iniciativas: identifica startups, grupos de pesquisa e projetos governamentais relacionados à blockchain;
Casos de uso: reúne exemplos práticos da aplicação da tecnologia;
Indicadores do setor: apresenta dados sobre a produção científica nacional em parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
A plataforma disponibiliza uma área dedicada à curadoria de conteúdos, como relatórios, vídeos e oportunidades de pesquisa, e será atualizada com as principais tendências, regulamentações e avanços do setor. O lançamento inclui ainda uma Comunidade de Especialistas em Blockchain, com encontros virtuais para troca de experiências e um grupo de discussão no LinkedIn.
Na iniciativa privada, o setor de identidade digital em blockchain no país ganhou um impulso recente por meio de um aporte de R$ 400 mil da aceleradora Osten Moove na startup Assin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.