A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na última terça-feira (18) em Paraty, na região da Costa Verde do estado, Rodrigo Silva Moreira. Ele é acusado de integrar um suposto ‘grupo de extermínio’ chefiado por Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins

Glaidson está preso desde agosto do ano passado no âmbito da “Operação Kryptos” por suposto esquema de pirâmide financeira baseada em investimentos em Bitcoin (BTC) de R$ 1,2 bilhão em recursos de clientes. 

No caso do ‘grupo de extermínio’, a juíza Janaina Pomposelli, da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio, litoral norte do Rio, aceitou no final de 2021 uma denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) contra Glaidson, Rodrigo e outras quatro pessoas pela tentativa de homicídio de Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, concorrente do Faraó.

 Uma matéria do portal G1 desta semana publicou detalhes de uma conversa recuperada de celulares apreendidos pela polícia. No diálogo, Thiago de Paula Reis, considerado braço direito do Faraó, diz que o ‘chefe’ pagaria R$ 150 mil pela eliminação de Nilsinho, além dos R$ 100 mil que teriam sido pagos anteriormente. 

Diante da nova oferta e do pedido de urgência, que teriam partido do Faraó, Rodrigo diz que “seria resolvido” e aconselhou Thiago a não falar esse tipo de assunto por telefone. 

A suposta rixa do Faraó contra Nilsinho teria começado em janeiro do ano passado, quando o concorrente de Glaidson teria disseminado a notícia de que o Faraó seria preso pela Polícia Federal e aconselhado os clientes da GAS Consultoria, de Glaidson, a transferirem seus investimentos para a empresa dele, Nilsinho. O que, segundo as investigações, poderia causar um prejuízo milionário nos negócios do Faraó. 

A tentativa de execução de Nilsinho aconteceu em março de 2021 e teria contado com a participação, além de Rodrigo, de Fabio Natan do Nascimento, Chingler Lopes Lima e Rafael Marques Gregório, que também foram indiciados. Nilsinho foi baleado no interior de uma BMW X6 avaliada em aproximadamente R$ 600 mil enquanto trafegava pela Rua Maestro Braz Guimarães, em Cabo Frio. Os tiros foram disparados de dentro de um carro por homens encapuzados. A vítima sobreviveu ao atentado, mas ficou tetraplégico e cego.

O Faraó ainda é alvo de ações judicias movidas por 319 investidores que tentam recuperar seus supostos aportes financeiros entregues ao Faraó e seus sócios na GAS Consultoria. Destas ações, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) já bloqueou cerca de R$ 5,1 milhões como possível garantia de ressarcimento de 30 clientes.
 

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