O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) já bloqueou cerca de R$ 5,1 milhões como possível garantia de ressarcimento de 30 clientes de um total de 319 investidores que ingressaram com ações judiciais contra Glaidson dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins” e outros acusados de uma suposta quadrilha descoberta no ano passado, acusada de golpes envolvendo criptomoedas

Ele está preso desde agosto do ano passado no âmbito da “Operação Kryptos” por suposto esquema de pirâmide financeira baseada em investimentos em Bitcoin (BTC) de R$ 1,2 bilhão em recursos de clientes. 

De acordo com o levantamento do jornal Extra, publicado no último domingo (16), o montante bloqueado inclui contas e bens do “Faraó” e da esposa dele, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, foragida desde agosto do ano passado.

Os R$ 5,1 milhões também incluem contas da GAS Consultoria e de seus sócios, entre eles Tunay Pereira Lima, que está em prisão domiciliar desde a última terça-feira (11), quando o “braço direito do Faraó” deixou a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para cumprir medidas restritivas.  

De acordo com a publicação, quase 25% do total bloqueado nas ações foram destinados a um processo movido por um advogado de Campos dos Goytacases, no Norte do Estado do Rio, o que representa cerca de R$ 1,15 milhão em investimentos na GAS Consultoria entre janeiro e maio do ano passado. 

Outro bloqueio, de 27,5% dos R$ 5,1 milhões, se divide em duas ações, uma delas com pedido de R$ 700 mil de reembolso e outra no valor de R$ 705 mil, segundo a reportagem. 

As decisões não são definitivas, elas representam uma reserva dos valores reivindicados pelos autores das ações junto ao total de bens sequestrados pela justiça na ação criminal contra os acusados. O montante é avaliado R$ 15 milhões em dinheiro, 21 carros de luxo e R$ 150 milhões em investimentos em criptomoedas. 

Em outubro do ano passado a Polícia Federal (PF) divulgou um relatório de como atuava a quadrilha comandada pelo “Faraó dos Bitcoins”, que também foi acusado em dezembro do ano passado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por tentativa de homicídio, já que, para o MPRJ, Glaidson e outras cinco pessoas teriam até mesmo encomendado a morte de concorrentes.

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