Resumo da notícia:

  • Méliuz relata lucro líquido de R$ 14,2 milhões (+61%) no 3º trimestre, mesmo com o “Bitcoin de lado”.

  • BTC representaria incremento de R$ 9,2 milhões ao caixa.

  • Saldo atual é de 604,69 Bitcoins.

Nesta quinta-feira (6), o Méliuz (B3: CASH3) relatou R$ 14,2 milhões (+61%) em lucro líquido no terceiro trimestre, no comparativo com o mesmo período no ano passado.

Os dados, no entanto, não englobam diretamente a adoção do Bitcoin (BTC) à tesouraria da fintech mineira, em março deste ano, por causa de regras contábeis, que consideram o BTC como um patrimônio da empresa. Apesar disso, a fintech alcançou R$ 123,7 milhões em receita líquida no terceiro trimestre desse ano, montante 37% maior que o mesmo período do ano passado.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado chegou a R$ 26,5 milhões no período, montante 258% superior ao terceiro trimestre de 2024.

Com o Bitcoin “de lado”, a maior fatia do faturamento líquido trimestral reportado veio do segmento shopping Brasil da empresa de cashback, responsável por um faturamento de R$ 98,2 milhões (+63%), englobando um aumento de 7% no volume bruto de mercadoria (GMV), no comparativo com o terceiro trimestre do ano passado. Nesse caso, o CEO do Méliuz, Gabriel Loures, destacou que a empresa, pela primeira vez em sua história, superou em outubro a marca de um milhão de contas abertas por mês.

Loures destacou que a variação de caixa saltou de R$ 71,5 milhões para R$ 87,6 milhões entre junho e outubro desse ano. Porém, caso a empresa pudesse incorporar o Bitcoin em contabilidade, a variação de R$ 16,1 milhões no período subiria para R$ 25 milhões.

Nesse caso, o executivo destacou a combinação de R$ 9,2 milhões decorrente da estratégia de Bitcoin do Méliuz, excplicando que, “com essa compra de Bitcoin e alocação em derivativos, eu chego nos R$ 16,1 milhões de variação de caixa entre junho e outubro”, já que os R$ 9,2 milhões não entram como caixa, pelas regras contábeis do Brasil.

Caixa de BTC representa um potencia incremento de R$ 9,2 milhões ao caixa do Méiuz. Fonte: Captura de tela Méliuz/YouTube.

Apesar de apartado do caixa, o Yield de Bitcoin do Méliuz, destacou Gabriel Loures, registrou 920% de alta em relação ao primeiro semestre desse ano, já que a tesouraria de BTC do Méliuz saltou de 52,5 BTC para 535,5 BTC, embora o saldo atual seja 604,69 Bitcoins, cujo ganho chega a US$ 48 milhões (25%).

Variação patrimonial de BTC do Méluiz. Fonte: Captura de tela Méliuz/YouTube.

A queda do Bitcoin no curto prazo não nos preocupa, nosso objetivo com o Bitcoin é uma reserva de longo prazo, não somos traders de Bitcoin, não pretendemos vender Bitcoin… eu acredito no valor do ativo, acrescentou.

Este mês, o Méluiz e a OranjeBTC, outra tesouraria de Bitcoin do país, ignoraram narrativa da ‘bolha’ e redobraram suas apostas na criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.