Resumo da notícia

  • Bitcoin se estabiliza após liquidações e melhora na liquidez global

  • Fed reativa operações de recompra e alivia escassez de dólares

  • ETFs seguem com saídas, mas sentimento do mercado torna-se neutro-positivo

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Preço do Bitcoin ao Vivo

9h50

Gracy Chen, CEO da Bitget

Vemos o recorde de 36 dias de paralisação do governo dos Estados Unidos como um revés temporário que reforça o valor de sistemas resilientes e descentralizados, como aqueles que sustentam a economia cripto.

A interrupção de agências-chave e os atrasos em legislações sobre a estrutura de mercado expuseram a fragilidade das operações centralizadas, o que pode acelerar os apelos por uma regulação cripto mais clara e bipartidária assim que as funções normais forem retomadas.

Embora a pausa possa afetar o sentimento dos investidores no curto prazo, ela pode, em última instância, impulsionar reformas ao evidenciar as ineficiências dos sistemas financeiros tradicionais e fortalecer a confiança institucional na confiabilidade do blockchain.

Em um mercado onde a volatilidade persiste, mas a inovação continua forte, esse período de incerteza estimula estratégias diversificadas e a adoção global, à medida que os investidores buscam estabilidade em alternativas descentralizadas.

De modo geral, a paralisação atua como um catalisador para o progresso, reforçando a necessidade de estruturas regulatórias robustas e voltadas para o futuro, que equilibrem inovação, transparência e resiliência — estabelecendo as bases para um crescimento sustentável em todo o ecossistema de ativos digitais.

9h20

Marco Aurélio Moreira, CIO Vault Capital

O Bitcoin continua avançando em ritmo lento, mas sustentando a região dos US$ 100 mil com consistência. O fechamento anterior, acima de US$ 103.500, mostrou uma tentativa de estabilização, embora ainda falte força para consolidar uma reversão.

A probabilidade de o preço voltar a testar a faixa entre US$ 100 mil e US$ 98 mil permanece totalmente plausível, não apenas por questões técnicas, mas também porque o ativo ainda não apresentou sinais claros de estrutura sólida nos tempos gráficos menores, como o de 4 horas. Para que o movimento de recuperação ganhe tração, o ideal seria o Bitcoin conseguir retomar e se manter acima dos US$ 107 mil.

Esse seria o primeiro sinal de que a pressão vendedora começa a perder força e de que o preço está pronto para buscar níveis mais altos. Enquanto isso não acontece, seguimos observando uma resistência considerável entre US$ 105 mil e US$ 107 mil, faixa onde o mapa de calor do livro de ofertas spot mostra uma concentração expressiva de ordens de venda, um bloqueio natural para a retomada.

Apesar disso, há um fator técnico que pode jogar a favor dos compradores: o elevado número de posições vendidas alavancadas no mercado. Caso o preço reaja e rompa as resistências atuais, pode ocorrer um movimento de liquidação em cadeia, impulsionando o ativo até a região dos US$ 111 mil, onde há um grande volume de liquidações de shorts acumulados.

Esse tipo de dinâmica, em geral, tende a acelerar o movimento de alta, transformando pressão vendedora em combustível para o avanço. No cenário atual, o Bitcoin parece buscar equilíbrio após semanas de forte volatilidade.

O comportamento recente mostra que, mesmo com a pressão, há defesa ativa em níveis estratégicos. Agora, o foco é observar se o preço conseguirá construir uma base consistente acima de US$ 100 mil, transformando o que hoje é apenas um alívio técnico em uma estrutura de retomada mais sólida.

8h30

O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 06/10/2025, está cotado em R$ 553.982,95 O preço do BTC subiu cerca de 1,8% e voltou para US$ 103 mil após testar o suporte de US$ 100 mil, mas a alta não convenceu os traders, que ainda esperam por mais correções.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos se recuperaram nesta quinta-feira, revertendo a forte queda do pregão anterior após a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos acima das expectativas.

A atividade no setor de serviços atingiu o maior nível em oito meses, enquanto o número de empregos privados superou as projeções, restaurando parte do apetite por risco. Ainda assim, os rendimentos dos Treasuries permaneceram elevados, o dólar manteve-se próximo da máxima de cinco meses e as apostas em um corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro caíram de 70% para cerca de 60%.

O Bitcoin também se recuperou após as liquidações ocorridas na terça-feira, sendo atualmente cotado em aproximadamente US$ 103.500. A expectativa de curto prazo para o BTC é neutra a levemente positiva.

O aumento do apetite por risco, impulsionado pelos dados econômicos mais fortes, favorece ativos como o Bitcoin, embora o dólar ainda firme limite o potencial de alta mais expressiva. Podemos esperar uma oscilação na faixa de US$ 100.000 a US$ 106.000, com possibilidade de avanço caso o dólar recue ou surjam novas surpresas econômicas favoráveis. Por outro lado, se o dólar se valorizar ainda mais ou se os mercados de risco voltarem a cair, o BTC pode testar novamente os suportes em torno de US$ 98.000 a US$ 100.000.

Bitcoin análise técnica

Segundo Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, o movimento do BTC retornando para US$ 103 mil representa “uma fase de consolidação, não de capitulação”. Ele acrescenta que “o mercado absorveu o excesso de alavancagem e agora tenta se reequilibrar dentro de uma faixa mais estável”.

O alívio também se estendeu a outros ativos. O Ethereum subiu 2,2%, chegando a US$ 3.400, enquanto o Solana recuperou a marca dos US$ 160, sustentado por fluxos positivos em ETFs. O valor total do mercado cripto avançou 2%, alcançando US$ 3,46 trilhões — o primeiro dia de alta consistente desde o início da correção.

Apesar da recuperação dos preços, os ETFs de Bitcoin e Ethereum continuam registrando saídas líquidas. Foram US$ 137 milhões e US$ 119 milhões, respectivamente, marcando o sexto dia consecutivo de resgates. “Os investidores institucionais estão priorizando proteção de capital, não tomada de risco”, explica Misir.

Enquanto isso, os ETFs de Solana seguem na direção oposta, com US$ 9,7 milhões em entradas pelo sétimo dia seguido. O desempenho, ainda que modesto, mostra uma mudança seletiva no apetite institucional, com parte dos fundos buscando exposição a ativos menos saturados.

No cenário corporativo, o setor também mostrou sinais de fôlego. A Ripple levantou US$ 500 milhões em uma rodada estratégica que avaliou a empresa em US$ 40 bilhões, enquanto o grupo japonês Metaplanet anunciou um fundo de US$ 100 milhões para acumular Bitcoin.

Liquidez melhora após ações do Fed

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve retomou as operações de recompra de curto prazo (repo), medida que aliviou a escassez temporária de dólares causada pela paralisação parcial do governo, que já dura 36 dias. A medida trouxe algum alívio ao mercado e reduziu a pressão sobre os ativos de risco.

“A reativação do repo noturno pelo Fed é um sinal claro de que a liquidez está voltando”, disse Misir. “Quando o fluxo de capital do Tesouro se normalizar, veremos reflexos positivos também no mercado cripto.”

Os dados do mercado de trabalho também ajudaram a melhorar o sentimento. O relatório de emprego da ADP mostrou +42 mil novas vagas em outubro, o melhor desempenho desde julho, reduzindo temores de uma recessão nos EUA.

Indicadores on-chain confirmam que o mercado passa por um resfriamento, e não um colapso. Cerca de 71% da oferta total do Bitcoin ainda está em lucro, e a Perda Não Realizada Relativa está em 3,1%, bem abaixo do nível de 10% que caracterizaria um mercado de baixa mais profundo.

O fornecimento dos detentores de longo prazo (LTH), contudo, continua diminuindo — cerca de 300 mil BTC foram vendidos desde julho, representando uma distribuição constante mesmo com o preço em queda. “Essa é uma venda ordenada, não um pânico generalizado”, observa Misir.

Nos derivativos, o prêmio direcional dos contratos perpétuos caiu de US$ 338 milhões por mês em abril para US$ 118 milhões, indicando menor apetite por alavancagem. Além disso, a demanda por opções de venda (puts) com preço de exercício em US$ 100 mil continua elevada, o que mostra que o mercado ainda opera em tom defensivo.

Perspectivas e riscos

Apesar da melhora na liquidez e do arrefecimento da volatilidade, o sentimento segue frágil. “O equilíbrio do mercado ainda é delicado: as perdas são contidas, mas a convicção dos compradores segue baixa”, resume Misir.

Entre os fatores de risco, analistas destacam a continuação das saídas de ETFs, que podem empurrar o Bitcoin de volta abaixo de US$ 100 mil, e a paralisação prolongada do governo norte-americano, que mantém o aperto de liquidez nos mercados.

Mesmo assim, Misir acredita que o pior já passou:

“O Bitcoin demonstrou resiliência após o evento de liquidação mais agressivo do ano. Agora, o foco está em reconstruir confiança e acompanhar o retorno gradual do capital institucional.”

Por enquanto, o mercado vive uma fase de ajuste técnico, onde a disciplina e a seletividade serão cruciais. “Pacientes e estratégicos terão vantagem — é assim que o dinheiro inteligente se posiciona em fases de transição como essa”, concluiu o analista.

Portanto, o preço do Bitcoin em 06 de novembro de 2025 é de R$ 553.982,95. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 06 de novembro de 2025, são: Internet Computer (ICP), Dash (DASH) e Zcash (ZEC), com altas de 26%, 21% e 15% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 06 de novembro de 2025, são:  Story (IP), OKB (OKB) e Injective (INJ), com quedas de -7%, -3% e -2% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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