Uma petição judicial protocolada no último dia 11 de maio levanta suspeitas sobre supostas transferências de dinheiro envolvendo contas do Grupo Bitcoin Banco (GBB).
O escritório de advocacia Solera Consultoria, de Balneário Camboriú (SC), protocolou o pedido de arresto, no qual destaca movimentações suspeitas a partir de extratos bancários aparentemente trazidos aos autos em processo judicial.
Nesse contexto, a petição dos advogados Antônio M. Soleira e Christian L. Soleira afirma que:
Mediante detida análise dos extratos bancários relacionados nos movimentos 6782.1 a 6782.12, identifica-se que uma vez recebido valores na conta bancária das Recuperandas, seja via TED ou via depósito, imediatamente os mesmos eram retirados e enviados para outras contas as quais, pela falta desta informação nos referidos extratos, não é possível a sua identificação, por tal motivo, torna-se necessária a expedição de novo ofício para que as instituições bancárias apresentem o relatório dos beneficiários de todas as transferências eletrônicas trazidas nos extratos.
A informação dá a entender que desde antes do alegado golpe sofrido pelo GBB a empresa já mantinha uma postura escorregadia em termos dos recursos financeiros depositados em suas contas da parte de clientes.
Valores esses que, supostamente, segundo o relato, eram imediatamente sacados ou transferidos para contas ainda não identificadas nos autos, se antecipando a possíveis problemas e dificultando possíveis futuros arrestos dos valores em caso de dificuldades como os que vieram a ocorrer mais tarde.
As movimentações podem sugerir que o GBB mantinha uma política de movimentações financeiras calculadas para ocultar seus valores, o que possivelmente pode implicar na premeditação e falsificação da suposta fraude que o grupo teria sofrido, apesar da Polícia Civil do Paraná não ter encontrado nenhuma prova de ataques contra o GBB.
A petição diz que as movimentações processuais demonstrariam que havia da parte do GBB:
"[...]movimentações bancárias em “paralelo”, as quais podem ser identificadas, também, através do pagamento das custas processuais de distribuição de embargos à execução [em diversos autos nos quais o GBB é réu]"
Questionado sobre esses fatos, o GBB não se manifestou atee o momento da publicação dessa matéria.
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