A adoção de criptomoedas segue em crescimento apesar dos altos e baixos do mercado e cada vez mais personalidades eminentes das indústrias do entretenimento, do esporte e até mesmo políticos e grandes empresários têm revelado possuir ativos digitais em seus portfólios pessoais. Seja investindo diretamente em criptoativos, comprando NFTs ou até mesmo recebendo parte dos salários em Bitcion (BTC).
Na quinta-feira, o craque Neymar anunciou a compra de dois NFTs do Bored Ape Yacht Club, a mais popular coleção de tokens não fungíveis do mercado, hoje. No entanto, para entrar para a comunidade dos Apes, antes Neymar comprou 473 ETH, dos quais 350 ETH foram gastos com os dois tokens não fungíveis.
Neymar ainda possui 8,4 ETH no endereço vinculado às transações. Além de parte da crescente comunidade de esportistas que usa NFTs como avatar em suas redes sociais, o craque brasileiro agora também está investido em criptomoedas.
Antes dele, seu colega no Paris Saint-Germain, Lionel Messi, recebera parte das luvas de seu contrato em fan tokens do clube francês, e a lenda viva do futebol americano, Tom Brady, revelou possuir criptomoedas entre seus investimentos.
Brady inclusive chegou a considerar a possibilidade de vir a receber parte dos seus salários em Bitcoin e outras criptomoedas. Por sua vez, seu colega melhor jogador da temporada 2020 da NFL (Liga de Futebol Americano dos EUA), Aaron Rodgers efetivamente já recebe parte dos seus salários em BTC a partir de uma parceria com o aplicativo CashApp.
A adoção das criptomoedas não se restringe ao universo esportivo. Personalidades da indústria do cinema e da televisão, como as atrizes Reese Whiterspoon e Mila Kunis, os atores Ashton Kutcher e o brasileiro Dan Stulbach, da música, como os rappers Snoop Dogg, que possui propriedades virtuais no metaverso The Sandbox, e Kayne West, e o vocalista do Linkin Park, Mike Shinoda, também já declararam publicamente seu envolvimento com criptoativos.
Outras personalidades públicas que já declararam investimentos em ativos digitais incluem o CEO da Tesla e homem mais rico do mundo, Elon Musk, com sua predileção por criptomemes como o Dogecoin (DOGE) e o Shiba Inu (SHIB), e o prefeito de Nova York, Eric Adams, que acaba de receber seu primeiro salário em Bitcoin e Ethereum (ETH) através de uma ferramenta de conversão de moeda fiduciária em criptoativos oferecida pela exchange Coinbase aos seus clientes.
Mas o que explica essa adesão em massa de personalidades públicas aos criptoativos? Segundo o influenciador Rodolofo Marques, criador do canal "Vamos pra bolsa", revelou em reportagem da Rede TV divulgada na quinta-feira, as celebridades tem uma condição mais favorável para assumir riscos, além da crença no poder disruptivo destas novas formas de dinheiro digital:
"“Quem tem mais dinheiro tende a ver os investimentos a longo prazo. Eles procuram maior diversificação nas suas aplicações. Possuem investimentos em renda fixa e variável tradicional, mas têm também um pé no mercado cripto, por acreditarem também ser uma modalidade disruptiva”.
Marques cita que por vezes a proximidade com o universo das criptomoedas vai além do investimento puro e simples, lembrando do projeto de NFTs que o casal Ashton Kutcher e Mila Kunis criaram e que contou com a participação do fundador da rede Ethereum, Vitalik Buterin, intitulado "Stoner Cats".
A modelo brasileira Gisele Bündchen e o já citado astro da NFL Tom Brady são outro casal que tem relação direta com empreendedores da indústria cripto. No caso, um dos mais jovens bilionários dos EUA: Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da exchange FTX.
O influenciador explicou a tese de investimento por trás da adoção dos criptoativos por parte das celebridades. Segundo ele, seria baseada na escassez programada do Bitcoin:
"Existem apenas 21 milhões de Bitcoins no mundo, enquanto que há, no planelta, 56 milhões de milionários. Ou seja, se cada milionário quisesse comprar um bitcoin, não haveria disponibilidade. Nem todo milionário poderá ter um e se mais pessoas se atentarem a isso, o preço irá disparar ainda mais.""
Marques utiliza o famigerado e controverso modelo stock-to-flow projetado pelo trader e analista pseudônimo PlanB e a teoria do ciclo de quatro anos estruturado em torno dos halvings para reforçar a tese:
"“Nós sabemos que o estoque de Bitcoin é limitado em até 21 milhões. Assim, a cada 4 anos, nós sabemos que a sua produção vai diminuir pela metade. Nesse sentido, o preço do Bitcoin só tende a aumentar, uma vez que a demanda pela criptomoeda tende a aumentar e sua quantidade é bem limitada."
Embora popular, o modelo stock-to-flow caiu em descrédito depois que os alvos de preço projetados por PlanB para o final de 2021 falharam.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, depois de acertar com precisão os preços de fechamento do BTC nos meses de agosto, setembro e outubro, a queda do mercado em novembro e dezembro deixou os preço do Bitcoin muito distantes dos alvos projetados por PlanB e colocaram em dúvida a eficiência do modelo do analista.
LEIA MAIS