O Bitcoin continua sendo negociado lateralmente, preso entre US$ 117 mil e US$ 118 mil. O momento é de consolidação lateral, com mercado aguardando o próximo movimento, especialmente na expectativa de decisões do Fed sobre juros.

O RSI aponta para condições de sobrevenda nos prazos mais curtos, sugerindo potencial de recuperação do ativo caso compradores entrem. O preço está abaixo da média móvel de 21 períodos, reforçando viés baixista no curtíssimo prazo.

“Enquanto o índice Fear & Greed está em 73 (ganância), o mercado sinaliza lateralização e leve predominância de pressão vendedora para o curtíssimo prazo. No entanto, a entrada consistente de capitais via ETFs e movimento institucional reforçam um viés construtivo para médio prazo, a depender do rompimento de resistências acima de US$119.000”, disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.

Segundo ele, enquanto o BTC não superar US$119.000 com volume, o risco de buscar suportes é elevado, podendo testar patamares em US$115.000–US$113.000. Caso haja rompimento com força, a próxima faixa-alvo seria US$121.875 e, em caso extremo, novo teste de topo histórico em US$123.000.

Ele também aponta que a dominância do Bitcoin segue elevada, mas o interesse institucional por Ethereum (especialmente via ETFs) e o aumento do volume em NFTs e DeFi sinalizam aquecimento de outras narrativas e possibilidade de nova altseason no radar.

O Altcoin Season Index está próximo de 50 (ainda não é uma altseason clássica, que exige acima de 75), mas já mostra clara rotação para altcoins, com Ethereum na liderança seguido por Solana, Cardano e XRP em destaque por novidades regulatórias.

Seguindo a linha de Prado, que aponta um fortalecimento das altcoins, o Cointelegraph consultou analistas da Foxbit e da Coinext para saber deles quais as melhores criptomoedas para os investidores comprarem e ficarem de olho em agosto.

Agosto - Top 5 criptomoedas

A Foxbit destacou cinco criptomoedas que merecem atenção neste momento. Bitcoin (BTC) continua atraindo capital institucional, com os ETFs spot voltando a registrar entradas consistentes no fim de julho, e os dados on-chain mostrando baixa pressão de venda por parte dos holders de longo prazo.

Já o Ethereum (ETH) se prepara para a estreia dos ETFs nos Estados Unidos em agosto, o que pode trazer maior liquidez ao mercado, enquanto acumula ganhos acima de 50% nos últimos dois meses e mantém grande relevância em contratos inteligentes e stablecoins.

A Solana (SOL), por sua vez, se beneficia da expectativa de aprovação de um ETF próprio nos EUA, da adoção crescente no setor de games e DeFi e do fortalecimento institucional. A Ripple (XRP) ganhou mais clareza regulatória após encerrar a disputa com a SEC e voltou ao radar de grandes investidores, especialmente com a perspectiva de um ETF spot até o fim do ano.

Por fim, a Chainlink (LINK) vem se consolidando como infraestrutura essencial para conectar dados entre blockchains e o mercado tradicional, com pilotos relevantes junto a instituições como Swift e Banco Central do Brasil, o que pode gerar valorização no médio prazo.

Melhores criptomoedas para agosto de 2025

Em julho, a seleção da Coinext, liderada por Taiamã Demaman, da equipe de research da empresa, destacou criptomoedas voltadas para pagamentos rápidos, baratos e integrados ao sistema financeiro tradicional, uma tendência que ganhou força com parcerias estratégicas entre redes cripto e gigantes como Visa e Mastercard. 

“Para agosto, selecionamos criptomoedas com potencial para se destacar durante a altseason, período em que ativos alternativos tendem a superar o desempenho do Bitcoin. O cenário atual favorece essa rotação de capital: a dominância do BTC caiu abaixo de 61,5% e o indicador de altseason rompeu para 61 pontos, após mais de 150 dias de acumulação entre os níveis de 11 e 30. Esse rompimento reforça a força estrutural do movimento. Apesar de uma pausa técnica recente, a altseason segue ativa. A retração para 45% das 50 maiores criptomoedas superando o BTC nos últimos 90 dias é vista como uma correção natural após um rali expressivo, não como uma reversão de tendência. Essa fase pode representar uma redistribuição antes de novo impulso. Com isso, agosto representa uma oportunidade estratégica para investidores que buscam exposição qualificada a altcoins. Ainda assim, o cenário exige disciplina, gestão de risco e uma análise criteriosa dos fundamentos de cada ativo para identificar projetos com maior potencial no atual estágio do ciclo.

O Ethereum (ETH), segunda maior blockchain do mercado, continua se destacando pela ampla adoção em contratos inteligentes, DeFi e NFTs. Lançado por Vitalik Buterin, em 2015, o ativo soma capitalização superior a US$ 462 bilhões.

Nos últimos 30 dias, o ETH valorizou 55%, superando com folga o desempenho do Bitcoin. A entrada de mais de US$ 2,18 bilhões em ETFs e a decisão da SEC de classificá-lo como “não ativo mobiliário” reforçaram o otimismo.

Essa conjuntura fortaleceu o Ethereum, que rompeu a tendência de baixa vigente desde o início de 2024. O upgrade Pectra, somado a melhorias técnicas, consolida o ativo como líder do setor.

Outro destaque é o Pendle (PENDLE), protocolo que tokeniza rendimentos futuros de criptoativos. Ele atingiu US$ 7,02 bilhões em Valor Total Bloqueado (TVL), ultrapassando recordes históricos, impulsionado por novas integrações e produtos.

Entre os principais lançamentos previstos estão a HyperEVM, que aumentará a escalabilidade e interoperabilidade, e o Boros, que permitirá negociação de taxas futuras sem derivados perpétuos. Analistas projetam o token PENDLE próximo de US$ 4,68 em 2025.

A Polkadot (DOT) também aparece bem posicionada. A blockchain de Gavin Wood se diferencia pela conexão entre diferentes redes. O upgrade JAM, previsto para 2025, eliminará taxas de gás e deve impulsionar adoção.

Com Elastic Scaling já implementado, a rede ganhou maior capacidade de processamento. A valorização de 32% em julho mostra confiança no roadmap. Analistas apontam projeções de preço entre US$ 8 e US$ 12, caso o suporte técnico se mantenha.

A Maker (MKR), responsável pelo stablecoin descentralizado DAI, passa por mudanças relevantes. O mercado acompanha a migração obrigatória para o token SKY, que expira em setembro, evento que pode gerar maior demanda e valorização.

Outro fator é a movimentação institucional, com baleias acumulando milhões em MKR. O ativo opera entre US$ 1.900 e US$ 2.200, e um rompimento técnico pode confirmar nova tendência de alta.

Por fim, a Uniswap (UNI), maior DEX do Ethereum, vem inovando com o UniswapX e a versão v4, que trouxe ferramentas avançadas de liquidez e suporte acima de US$ 10. Esses avanços reforçam seu potencial na altseason de agosto.