Após atingir US$ 123 mil em nova máxima a impulsionar as criptomoedas em até 40%, o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos por US$ 121,9 mil (+2,7%) na manhã desta segunda-feira (14). Segundo a Glassnode, há chances de novos recordes no curto prazo, já que os detentores de longo prazo relutam em vender seus Bitcoins, além de continuarem comprando.

Em linhas gerais, o rali do BTC se dissociava do S&P 500 e do Nasdaq, associados historicamente ao desempenho do benchmark cripto, encerrados em respectivos 6.259,75 (-0,33%) e 20.585,53 pontos (-0,22%) no pregão de sexta-feira (11). A retração acontecia na esteira do avanço de uma nova rodada de tarifas alfandegárias anunciadas nos últimos dias pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com promessa de entrarem em vigor no dia 1º de agosto.

O tarifaço promovido pelo republicano, que atingiu países como Brasil e Canadá, também voltou a causar turbulência na União Europeia (UE) e provocou uma reunião entre ministros do Comércio de países que compõem o bloco, nessa segunda-feira em Bruxelas.

Na esteira a adesão do capital institucional, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses de Bitcoin e de Ethereum (ETH) encerraram a última sexta-feira (11) sob forte pressão compradora, com respectivos volumes de entradas líquidas de US$ 1,03 bilhão e US$ 204,82 milhões. Já as tesourarias de Bitcoin das 21 empresas com mais de 100 BTC avançaram em 1.352,281 BTC no acumulado semana dessa segunda-feira, segundo dados da plataforma SoSoValue.

No X, a Glassnode observou em uma postagem que a queda do saldo de BTC nas exchanges e a queda de oferta se tornaram uma espécie de meme.

Mas isso não significa que não haja restrições de oferta – detentores de longo prazo estão absorvendo mais $BTC do que os mineradores emitem. É aí que a pressão aumenta, completou a plataforma de monitoramento.

Além de não venderem, carteiras detentoras de até 100 BTC estão absorvendo em média de US$ 2,359 bilhões em Bitcoin por mês, volume maior que a média de US$ 1,638 bilhão de Bitcoins minerados no período.

Observando a acumulação por tamanho de carteira: camarões, caranguejos e peixes – carteiras com

Segundo a análise, os detentores de longo prazo, com 155 dias ou mais, também estão absorvendo Bitcoin a uma taxa maior que a capacidade mensal de mineração.

De acordo com a empresa de análise, a pressão de compra acontece em um momento de ventos favoráveis aos detentores de longo prazo, pelo monitoramento da relação ucro e prejuízo líquido não realizado (NUPL). Por este quesito, a análise sugeriu que os holders de longo prazo, com seis meses ou mais, ainda estão mantendo seus Bitcoins:

Embora o $BTC tenha atingido um novo recorde histórico acima de US$ 118 mil, o Lucro e Perda Líquidos Não Realizados (NUPL) do Detentor de Longo Prazo permanece abaixo da zona de euforia, atualmente em 0,69. Este ciclo teve apenas cerca de 30 dias acima do limite de 0,75, em comparação com 228 dias no ciclo anterior.

O Cointelegraph Brasil também noticiou na semana anterior que, após romper US$ 118 mil em nova máxima, liquidar os ursos em US$ 1,2 bilhão e as criptomoedas subirem até 175%, o Bitcoin dava sinais de que o rali podia ter continuidade. Nessa direção, um monitoramento da Santiment indicou que os traders mantinham a autocustódia e também diminuíam o risco de derretimento do Bitcoin.

Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.