O mercado de criptomoedas está com diversas novidades no Brasil. A CVM aprovou o Regime ‘FÁCIL’, que facilita o acesso de pequenas e médias empresas (PMEs) ao mercado de capitais com menos burocracia e mais inclusão financeira e a BEE4, anunciou novas ofertas públicas já em 2026 com base no novo regime.
A BitGo firmou diversas parcerias estratégicas para ampliar sua atuação em custódia digital de alto nível, fortalecendo produtos como stablecoins, tesourarias cripto e tokenizações institucionais. Além disso, a Bitget promoveu o Mês Anti-Golpes 2025, com jogos, conteúdos educativos e um relatório em parceria com SlowMist e Elliptic.
Além disso, dois eventos cripto no Brasil anunciaram novidades, o BitHub 2025 e o Blockchain.rio. Confira.
BitHub 2025
O BitHub vai realizar sua 2ª edição no dia 12 de julho, às 9h, no Hyde Park, em São José dos Campos (SP). O evento pretende reunir mais de 500 participantes, superando a estreia em 2024, que contou com 350 pessoas e 25 palestrantes. A proposta é consolidar o Vale do Paraíba como um dos principais polos de inovação em blockchain no Brasil.
Entre os atrativos estão painéis estratégicos, sessões práticas de trading, debates sobre regulação e tokenização, além de um espaço de negócios com pitchs de startups. O evento atrai perfis variados, como investidores institucionais, empresários, advogados e desenvolvedores de blockchain. A curadoria do conteúdo foi pensada para promover networking e negócios de alto impacto.
Destaques incluem análises ao vivo de operações com smart money, cases de tokenização de ativos reais, orientações sobre as novas normas da CVM e do Banco Central, e boas práticas de segurança digital. O Startup Hub também ganha destaque com demonstrações de projetos promissores e rodadas de investimentos.
Blockchain.Rio: de Chainlink e Binance a Bradesco e Santander
O Blockchain.rio está chegando e os primeiros nomes já confirmados na edição 2025 ajudam a dar ideia do que se pode esperar para os debates, encontros e demais atividades ao longo do evento.
Entre os primeiros nomes confirmados no Blockchain.Rio está Courtnay Nery Guimarães Jr., atual chefe de ativos digitais do Bradesco. Outro nome de peso é Serguei Nazarov, co-fundador da Chainlink, plataforma de serviços Web3 que possibilita desenvolvedores criarem aplicações robustas com tecnologia blockchain.
Além de Nazarov e Guimarães, veja quem mais já confirmou presença no Blockchain.RIO 2025:
Michael Shalunov, cofundador e atual CEO da Fireblocks
André Portilho, chefe de ativos digitais do BTG Pactual
Guilherme Nazar, vice-presidente regional para a América Latina da Binance
Carlos Portinho, senador da República
Rajeev Bamra, chefe de estratégia do Moody’s Rating
Italo Bastos Borssatto, conselheiro do Bank for International Settlements
Felipe Cabral, executivo de negócios e produtos do Santander
Alexandre Senra, promotor federal do Federal Prosecution Service
Felipe Santana, co-fundador do Paradigma Education
João Paulo Aragão Pereira, especialista e IA da Inter&Co
João Gianvecchio, gestor de ativos digitais do Banco BV
CVM aprova Regime ‘FÁCIL’
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o Regime ‘FÁCIL’, que entra em vigor em 2 de janeiro de 2026. O novo marco regulatório vai facilitar o acesso de empresas com faturamento de até R$ 500 milhões ao mercado de capitais, permitindo ofertas públicas de até R$ 300 milhões com menos burocracia.
A BEE4 já lista companhias com receita entre R$ 10 e R$ 300 milhões, e deve ampliar sua atuação com o novo regime. Em 2026, pretende iniciar ofertas públicas de notas comerciais e debêntures, além de lançar ainda este ano um programa de preparação para empresas que desejam captar via ‘FÁCIL’.
O regime reduz custos e prazos com medidas como registro automático na CVM, unificação de documentos obrigatórios e flexibilização de auditorias. Para a CEO da BEE4, Patricia Stille, isso permitirá a inclusão de PMEs no radar de investidores, fortalecendo o ecossistema e acelerando o crescimento das futuras grandes empresas do Brasil.
CoinEx promove novas recompensas P2P
A CoinEx lançou uma nova promoção para atrair comerciantes P2P, oferecendo prêmios em um pool de 52.000 USDT até 9 de julho. Além disso, iniciou uma campanha “Aprenda para Ganhar” com recompensas em CET, seu token nativo, para quem completar tarefas educacionais. A empresa também realizou a 6ª recompra e queima mensal de CET, retirando quase 10 milhões de tokens de circulação em 2 de julho.
Nos últimos dias, a exchange adicionou criptomoedas como SPK, GOR, IDOL, ZEUSETH, DKT, EURQ, USDR e FRAG, buscando diversificar as opções de investimento. Em contrapartida, também anunciou a deslistagem de 27 projetos, como GROKCOIN, ALPACA , NOM, SORA, MILKADA e DIGIMON, após avaliação técnica conforme critérios de desempenho e compliance.
Mais de 77% dos gamers querem ativos digitais
Uma pesquisa conduzida pela Gamers Club mostrou que 77% dos gamers estariam dispostos a comprar ativos digitais de seus times favoritos se eles oferecessem vantagens exclusivas. Outros 76% afirmaram que utilizariam esses ativos para ter acesso a comunidades fechadas, revelando o apelo emocional de pertencimento e conexão proporcionado pelos tokens digitais.
Segundo Gui Barbosa, diretor da Gamers Club, os resultados refletem o desejo crescente por experiências personalizadas. Para ele, a transição entre versões de jogos, que agora preservam o inventário dos jogadores, mostra como a digitalização dos ativos se torna cada vez mais estratégica na relação com o público.
João Martins, da Foxbit, reforça que a tokenização no universo gamer representa uma extensão natural da digitalização. Para ele, mesmo longe dos holofotes do mercado cripto, esse segmento cresce com força, misturando tecnologia, engajamento e consumo — e criando novas formas para marcas interagirem com os jogadores.
BitGo avança com parcerias institucionais
A BitGo anunciou uma série de novas parcerias com foco em tokenização institucional e custódia digital. Entre os parceiros estão DDC Enterprise, Falcon Finance, LGHL e Timestamp, todos voltados ao mercado institucional com soluções reguladas e seguras.
A Falcon Finance, por exemplo, integrou a BitGo à infraestrutura do USDf, sua stablecoin colateralizada, enquanto a LGHL lançou um produto de tesouraria digital de US$ 600 milhões com suporte da custodiante. Já a Timestamp adotou a BitGo para melhorar a emissão de ativos tokenizados com foco em eficiência operacional.
Além disso, a empresa lançou uma integração estratégica com a Reown e o WalletConnect, permitindo que instituições acessem o ecossistema DeFi diretamente de suas carteiras de autocustódia. A novidade combina os controles empresariais da BitGo com a conectividade rápida do WalletKit.
Agora, instituições podem realizar staking, swaps em AMMs, participar de DAOs e operar com protocolos DeFi, sem mover os ativos para outras plataformas. Segundo o CRO da BitGo, Chen Feng, essa integração remove barreiras de entrada ao DeFi, mantendo a governança e os controles exigidos no ambiente institucional.
A funcionalidade já está ativa e suporta redes como Ethereum, Arbitrum, Polygon e Optimism. Em breve, a BitGo pretende liberar o suporte também para carteiras de custódia qualificada, ampliando o acesso ao DeFi para investidores institucionais sob marcos regulatórios rigorosos.
Bitget encerra Mês Anti-Golpes
A Bitget concluiu em junho o Mês Anti-Golpes 2025, iniciativa global voltada à conscientização sobre fraudes no universo Web3. A campanha teve como destaque o Smarter Eyes Challenge, um minigame em formato de HQ interativa que simulava situações reais de golpes, como phishing, tokens falsos e engenharia social.
Apesar de apenas 8,6% dos participantes identificarem todos os riscos logo de início, mais de 65% completaram os desafios após receberem orientações, revelando o impacto educacional da ação.
Durante o mês, a Bitget publicou seis artigos aprofundando temas como spoofing de SMS, aplicativos fraudulentos e tokens perigosos. O conteúdo foi acompanhado de quizzes de segurança, nos quais mais de 80% dos usuários obtiveram pontuação máxima. A empresa também lançou o Relatório de Pesquisas Anti-Golpes 2025, em parceria com SlowMist e Elliptic. O documento mostrou que as perdas com golpes em cripto ultrapassaram US$ 4,6 bilhões em 2024, sendo as fraudes com deepfakes e engenharia social as mais prejudiciais.
O evento contou ainda com debates com especialistas de empresas como Hacken, GoPlus, BlockSec e Security Alliance. O consenso foi de que educação, colaboração e inteligência compartilhada são essenciais para fortalecer o setor. Segundo Gracy Chen, CEO da Bitget, “educação é a primeira linha de defesa” e o Anti-Scam Hub, agora ativo de forma permanente, funcionará como central de recursos com guias de segurança, alertas em tempo real e suporte 24h.