Representantes de banco e fintechs da China manifestaram interesse pelo Pix durante o Summit Valor Econômico Brazil-China, evento que começou nesta quarta-feira (23) e que reúne até a próxima sexta-feira (25) em Xangai autoridades, especialistas e empresários, brasileiros e chineses.
Durante participação no Painel 6 do evento, “Construindo Pontes de Cooperação Financeira para Alavancar o Crescimento Sustentável”, o diretor global de pesquisa da China International Capital Corporation (CICC), Chen Jianheng, destacou que os investimentos de mais de 20 mil empresas chinesas na América Latina ultrapassam US$ 70 bilhões em 10 anos e que, devido à complexidade entre Brasil e China, ps países precisarão de mais cooperação no futuro.
De acordo com publicação do Valor, Ben Shenglin, membro do Conselho de Administração de Bancos e Fintechs da Província de Zhejiang, sede da gigante do e-commerce Alibaba, manifestou interesse em conhecer a plataforma de transações instantâneas lançada em 5 de outubro de 2020 pelo Banco Central (BC). De lá pra cá, o Pix ultrapassou R$ trilhões em volume de transações.
“Queremos conhecer mais a realidade do Brasil. Podemos aprender com o Pix, podemos ter inspiração de casos de sucesso no Brasil com a integração do Pix no sistema financeiro”, defendeu Shenglin.
Ele acrescentou que deseja aumentar os investimentos em tecnologia de ponta, entre elas a Inteligência Artificial (IA), ao destacar que “São Paulo ocupa o primeiro lugar em inovação na América Latina e o nono do mundo”.
“Esperamos que, no futuro, a Universidade de Zhejiang possa colaborar com São Paulo”, emendou.
Falando sobre questões regulatório, outro tema abordado durante o painel, Marcos Caramuru, ex-embaixador do Brasil na China salientou que os projetos precisam de regulamentação compatível para serem colocados em prática. Na avaliação do conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), a definição de normas claras traz a reboque capacidade de avaliação de risco.
Em relação à “Construção de Pontes de Cooperação Financeira”, os palestrantes salientaram o avanço nas tratativas entre os dois países e citaram o memorando de entendimento entre as bolsas de valores do Brasil (B3) e de Xangai, relacionado à listagem de fundos negociados em bolsa (ETFs) do Ibovespa e índices chineses, nas bolsas dos dois países, entre outros assuntos.
Este mês, o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, também declarou que países não pertencentes ao Brics podem ter acesso a uma solução de transferências internacionais em blockchain, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.