Resumo da notícia:
Operação Kryptolaundry cumpre 24 mandados de busca e apreensão e nove prisões preventivas, no Brasil e na Espanha.
Operação é um desdobramento da Operação Kriptos, deflagrada em 2021 contra o Faraó dos Bitcoins.
Esquema teria lesado mais de 62 mil pessoas em todo o Brasil.
A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta terça-feira (9) a Operação Kryptolaundry contra um grupo suspeito de captação ilícita e lavagem de dinheiro por criptomoedas.
A operação é um desdobramento da Operação Kryptos, deflagrada em agosto de 2021 no Rio de Janeiro, que desarticulou o grupo comandado por Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins.
De acordo com a PF, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e decretadas nove prisões preventivas, envolvendo 45 investigados entre pessoas físicas e jurídicas. O núcleo investigado estruturou dezenas de empresas para ocultar valores, com aquisição de imóveis, veículos e outros bens.
Comandada pela Delegacia de Crimes Fazendários (Delefaz) da Superintendência da PF do Distrito Federal (DF), a Operação Kryptolaundry era realizada no DF, Pará e na Espanha, com cooperação internacional.
A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 685 milhões em contas e o sequestro de propriedades urbanas e rurais, incluindo empreendimentos comerciais.
De acordo com as investigações, os suspeitos atuavam há, pelo menos, cinco anos e movimentaram mais de R$ 2,7 bilhões, com R$ 404 milhões identificados como recursos ilícitos. Os investigados podem responder por crimes financeiros, lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica e outros delitos.
Segundo apuração da CNN, o grupo suspeito causou prejuízo a mais de 62 mil pessoas em todo o país pela captação ilícita de R$ 3,8 bilhões. O montante teria sido levantado com a promessa de investimento em criptomoedas e mediante promessa de 10% de lucro mensal sobre o valor investido, que era o mesmo percentual prometido pela GAS Consultoria, usada pelo Faraó dos Bitcoins.
No final de outubro, o MP e a PF também abriram nova ofensiva contra o grupo suspeito de desviar R$ 813 milhões via Pix e criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.