Resumo da notícia:
Bitcoin movimenta R$ 4,84 bilhões no Brasil em novembro.
Transações de Ethereum chegam a R$ 1,22 bilhão no país no mês passado.
Stablecoins USDT e USDC mantêm liderança de chegam a R$ 10,7 bilhões em negociações.
O Biscoint divulgou esta semana um relatório apontando que o Bitcoin (BTC), o Ethereum (ETH) e as stablecoins lastreadas no dólar americano USDT e USDC movimentaram mais de R$ 16,7 bilhões no Brasil em novembro.
De acordo com a plataforma de monitoramento do criptobanco brasileiro Bitybank, que não incluem balcões OTC, os dados foram extraídos de APIs das exchanges de criptomoedas: Binance, Bitso, Bitypreço, Brasilbitcoin, Bybit, Coinext, Cryptomkt, Foxbit, Mercado Bitcoin, OKX e Ripio.
Bitcoin
Os dias 20 e 21 de novembro registraram os maiores volumes de negociação de Bitcoin no Brasil no mês, de acordo com o gráfico apresentado. De acordo com os dados do Biscoint, o total mensal negociado de Bitcoin foi de R$ 4,84 bilhões.
Segundo o relatório, os possíveis gatilhos internacionais incluem a volatilidade global causada por grandes saídas de capital de fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista (spot) no exterior, especialmente em produtos institucionais dos Estados Unidos. Esses movimentos tendem a gerar rebalanceamentos de portfólio e aumento súbito de liquidez em diversos mercados, incluindo o brasileiro.
Ether
Os dias 3 e 4 de novembro exibiram os maiores volumes de negociação de Ethereum no mês, conforme indicado no gráfico. O total mensal negociado foi de R$ 1,22 bilhão.
Esse movimento coincide com um período de maior instabilidade internacional no mercado de criptoativos, marcado por liquidações significativas em derivativos e maior cautela dos investidores após sinalizações macroeconômicas mais conservadoras, segundo o Biscoint.
USDT
O USDT registrou o maior volume dentre as moedas analisadas, sendo o volume total negociado de USDT em novembro R$10,22 bilhões.
Apesar do volume significativo, o USDT apresentou movimentação estável ao longo do mês, sem picos bruscos como os observados em BTC, ETH e USDC. Isso indica uso consistente da stablecoin como instrumento de liquidez diária, especialmente em operações de arbitragem, movimentações institucionais e transações de alta frequência. Os picos de cada ativo coincidem com eventos internacionais de grande impacto, reforçando a forte correlação entre o mercado brasileiro e os fluxos globais de volatilidade, liquidez e realocação, de acordo com o relatório.
USDC
Entre os dias 21 e 28 de novembro, o USDC registrou aumento contínuo de movimentação no Brasil. Segundo os dados anexados, o total mensal negociado foi de R$ 463 milhões.
Esse comportamento é compatível com momentos de volatilidade em outros ativos do mercado, quando investidores globalmente tendem a migrar para stablecoins como forma de preservação de capital, além do uso crescente em operações de arbitragem e liquidez entre exchanges, de acordo com a análise do Biscoint.
Na seara otimista, investidores nacionais aportaram R$ 40 milhões em fundos de criptomoedas na semana passada, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.