Resumo da notícia:
Brasil segue narrativa global relacionada ao shutdown, Fed e empregos nos EUA, e fecha semana no azul em fundos cripto.
EUA lideram e AuM global chega a US$ 254 bilhões.
Fundos em Bitcoin mantêm dianteira com iShares da BlackRock, mas Ethereum e outras altcoins mostram força.
As entradas líquidas de investidores do Brasil em produtos de investimento negociados em bolsa (ETPs, na sigla em inglês) baseados em criptomoedas totalizaram US$ 4,8 milhões, R$ 25,6 milhões, no acumulado semanal de sexta-feira (3), segundo a CoinShares.
Na avaliação da gestora de criptomoedas, a semana recorde em entradas líquidas se associou à possível precificação da injeção de liquidez no mercado pelo Federal Reserve (Fed) como resposta à retração do mercado de trabalho dos Estados Unidos, reportada na semana passada. O que também coincidiu com o shutdown (paralisação) de serviços do governo dos Estados Unidos pelo impasse na aprovação do orçamento do governo Donald Trump e enfraquecimento do índice de força do dólar americano (DXY).
Regionalmente, além do Brasil, Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, Austrália e Hong Kong, aportaram respectivos líquidos de US$ 5,03 bilhões, US$ 563 milhões, US$ 311,5 milhões, US$ 32,1 milhões, US$ 6,3 milhões e US$ 5 milhões, enquanto outros países totalizaram US$ 6 milhões. Na contramão, investidores da Suécia retiraram líquidos US$ 8,6 milhões de ETPs cripto no período.
Os aportes brasileiros se mantiveram US$ 4,9 milhões no azul no acumulado mensal, mas US$ 62 milhões líquidos no vermelho em relação ao acumulado anual. Mesmo assim, a valorização do Bitcoin e das principais altcoins permitiu ao país mantutenção da sexta colocação global ao alcançar US$ 1,76 bilhão em total de ativos sob gestão (AuM). Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, e Suécia também mantiveram suas posições ao encerrarem a semana com respectivos AuM de US$ 177,39 bilhões, US$ 8,78 bilhões, US$ 7,77 bilhões, US$ 7,61 bilhões e US$ 4,11 bilhões. Enquanto isso, outros países chegaram a US$ 45,85 milhões, já o total global alcançou US$ 254,37 bilhões.
Pela aferição de criptoativos, fundos em Bitcoin (BTC), em Ethereum (ETH), em Solana (SOL), em XRP e em Sui (SUI) representaram as principais entradas líquidas semanais, US$ 3,55 bilhões, US$ 1,48 bilhão, US$ 706,5 milhões, US$ 219,4 milhões e US$ 3,4 milhões, respectivamente.
Por ETPs cripto, as maiores entradas líquidas semanais foram iShares Bitcoin Trust ETF (US$ 1,81 bilhão), Fidelity Wise Origin Bitcoin (US$ 691,9 milhões), iShares Ethereum Trust ETF (US$ 691,7 milhões), WisdomTree Physical Sonala (US$ 473,4 milhões) e Fidelity Ethereum Fund (US$ 305,3 milhões). Pelo contrário, os maiores volumes de retiradas foram DDA Crypto Top 10 ETP (US$ 22,6 milhões), Grayscale Digital Large Cap (US$ 14,6 milhões), Bitwise Physical Bitcoin ETP (US$ 11,8 milhões), Bitwise Physical ETH ETP (US$ 11,6 milhões) e PRSHRS ULTRSRT ETHR ETF (US$ 5,9 milhões).
Na semana anterior, os investidores nacionais ignoraram o pessimismo global e aportaram R$ 47,3 milhões em fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.