Resumo da notícia:

  • CAKE, ETHFI, ASTER e GIGGLE, 4, AIA lideram alta entre os grupos de altas e baixas capitalizações de mercado.

  • Narrativas do enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA e do corte de juros pelo Fed favorecem continuidade do rali das criptomoedas.

  • Medo continua baixo e também serve de catalisador para compra de altcoins.

O mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 4,14 trilhões (+1,6%) na manhã desta sexta-feira (3), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 120,5 mil (+1,4%) com dominância a 58%, investidores perto da ganância (57%) e a maioria das altcoins em alta, de até 255%.

Entre as 100 altcoins mais bem capitalizadas, chamava a atenção o desempenho do CAKE, ETHFI, e ASTER, negociados respectivamente por US$ 3,31 (+24,5%), US$ 1,76 (+16,2%) e US$ 1,93 (+11%). Já a faixa das 500 maiores capitalizações era capitaneada pela memecoin educacional Giggle Fund (GIGGLE), transacionada por US$ 82,07 (+255,9%), seguida pelo token da plataforma de agentes de inteligência artificial (IA) DeAgentAI (AIA) e pela memecoin 4, negociados respectivamente por US$ 1,52 (+160%) e US$ 0,13 (+83,8%).

Gráfico de 24 horas do par GIGGLE/USD. Fonte: CoinMarketCap.

O rali das criptomoedas coincidia com a manutenção das principais narrativas do cenário macroeconômico, favoráveis ao risco. Entre elas os novos dados que reforçam a possibilidade de mais cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), como forma de aquecimento da economia estadunidense. Um deles foi o relatório divulgado na última quarta-feira (2) pelo Instituto de Gestão de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês), apontando aumento a 49,1 pontos no índice dos gerentes de compras (PMI) industrial ante 48,7 pontos de agosto, portanto em zona de contração. Já o relatório ADP Research indicou perda de 32 mil postos de trabalho em setembro. Enquanto isso, o presidente Donald Trump mantinha a ameaça de aproveitar o shutdown, paralisação de serviços do governo, para promover demissões em massa.

Na esteira do apetite pelos investimentos mais arriscados, o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, avançaram a respectivos 6.715,35 (+0,062%) e 22.844,05 pontos (+0,39%). Já o índice de força do dólar americano (DXY) continuava o movimento retrátil dos últimos dias ao recuar a 97,78 pontos (-0,12%).

O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, estava recuado a 16,28 pontos (-2,1%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin e Ethereum (ETH) avançaram em respectivos US$ 627,24 milhões e US$ 307,05 milhões, segundo dados da SoSoValue.

mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 220,7 bilhões (+2,2%) no Interesse Aberto e avanço a US$ 318,7 bilhões (+10,9%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas chegava a US$ 401,14 milhões (+9,2%), com desvantagem para os ursos, já que a liquidação de posições vendidas (shorts) orbitava US$ 252 milhões ante US$ 148 milhões em liquidações de posições compradas (longs).

A 56,57 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas mantinha as criptomoedas sob pressão compradora. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como CAKE, AIA, ETH, BCH, JELLYJELLY, SOL, CRV, XRP, SPX, MORPHO, CELO, HOOK, ARC, MUBARAK, GUN, BROCCOLI714, XVS, QUICK. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como XPL, LINEA, MYX, FF, ZKC, ALPINE, STBL, HEMI, BARD, IMX, ATH, SIGN, GMX, HANA, OG, BAN, AWE, SIREN, MOCA.

Mapa de calor de 4 horas do RSI das criptomoedas. Fonte: Coinglass.

O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava avançado a 67 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o MYX derretia a US$ 9 (-36,8%), o 2Z recuava a US$ 0,52 (21,5%), o XPL se retraía a US$ 0,90 (-8,1%), o CRO valia US$ 0,21 (-5,5%), o IP avançava a US$ 9,56 (+5,7%), o BNB era trocado por US$ 1.103,77 (+5,5%), o DEXE era transacionado por US$ 12,56 (+5,1%), o PUMP se nivelava por US$ 0,0071 (+5%) e o ZEC representava US$ 150,13 (+4,5%) com alta acumulada semanal de 180,5%.

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o MORPHO alcançava US$ 2,06 (+14,2%), o DCR representava US$ 20,05 (+11,5%), o NPC estava cotado a US$ 0,020 (+11,3%), o CELO era negociado por US$ 0,32 (+10,7%), o OPEN se convertia em US4 0,56 (+20,9%), o CARDS estava precificado em US$ 0,26 (+20,7%) e o AURA valia US$ 0,11 (+13,2%.

Entre as novas listagens estavam MORPHO na Binance com airdrop de 6.500.000 tokens pelo programa HODLer, direcionado a detentores de BNB, P na Bitget, XPL na Bitkub, PUPPIES e WEED na MEXC, OMFG na LBank, 4 na BitMart e HANA na Bitrue.

No dia anterior, ZEC, DEXE, SPX e COAI subiram até 105% no rali das criptomoedas com US$ 119 mil na mira do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.