Resumo da notícia
Bitcoin rompeu os US$ 120 mil com força, embalado pelo “Uptober”.
Entradas em ETFs e fluxo global para risco sustentam a tendência.
Ouro em máxima, dólar fraco e Fed dovish criam ambiente favorável.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
9h30 - Marco Aurélio Moreira, CIO Vault Capital
O Bitcoin conseguiu se estruturar tecnicamente ao romper e fechar acima de US$ 119.330, movimento bastante otimista para o ativo. Em seguida, encontramos uma pressão compradora em torno de US$ 121 mil, e o rompimento definitivo desse patamar seria o ideal para que o ativo comece a testar antigas máximas históricas.
Por outro lado, seguimos atentos: um fechamento abaixo de US$ 119.300 poderia abrir espaço para uma correção em direção à região dos US$ 117 mil, e um fechamento abaixo de US$ 117 mil teria potencial de desencadear quedas mais profundas. A dinâmica recente de alta foi impulsionada pela limpeza de liquidações, o que reforça um padrão recorrente do Bitcoin: trabalhar em cima das zonas de liquidez. Hoje, a região atual já foi fortemente varrida de alavancagem.
O próximo grande nível está em torno de US$ 130 mil (US$ 1,5 bi em liquidez), enquanto ainda há um gargalo relevante na faixa de US$ 108-107 mil (US$ 15 bi). Isso exige cautela, pois o mercado pode explorar ambos os extremos. Do lado macro, o mercado interpretou o dado do ADP como sinal de desaceleração e passou a precificar cortes de juros.
Na prática, seguimos em um cenário sem bússola: há ausência de dados mais robustos, mas mesmo assim o preço se apoia em qualquer sinal para justificar movimentos. Por fim, olhando o gráfico de 4h, o RSI segue em sobrecompra, o que torna natural que o ativo possa lateralizar nessa faixa antes de tentar novamente atacar a região dos US$ 121 mil ou até mesmo ensaiar uma correção de curto prazo.
9h -
Yoandris Rives Rodriguez, Gerente Regional para América Latina na B2BINPAY
O mercado cripto encerra a semana com novo fôlego. O Bitcoin ultrapassou o nível de US$ 121.000, seu ponto mais alto desde meados de agosto, enquanto o Ethereum foi negociado acima de US$ 4.500, uma máxima de três semanas. O cenário combina entradas em ETFs de mais de US$ 2,4 bilhões, a força sazonal de outubro e uma postura mais branda do Fed, que agora leva os mercados a precificar com certeza outro corte de juros. Até o momento, a paralisação do governo em Washington tem funcionado mais como um vento a favor do que como obstáculo, com ações e cripto avançando em conjunto, ecoando padrões históricos.
Desse modo há um possível movimento em direção a US$ 130.000–140.000 se as entradas em ETFs persistirem.
8h30 -
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta sexta-feira, 03/10/2025, está cotado em R$ 643.482,58. Os touros pretendem romper com a máxima histórica de US$ 124 mil e mantém o BTC firme acima de US$ 120 mil com alta de quae 2%.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, indica que os mercados asiáticos encerraram a semana com ganhos expressivos, impulsionados pela firme expectativa de cortes de juros nos EUA e pelo forte apetite por tecnologia e inteligência artificial.
Apesar do shutdown americano persistente, os investidores seguiram focados nas apostas por estímulos monetários. O ouro atingiu novo recorde próximo de US$ 3.895/oz, enquanto o dólar recuou e os juros dos Treasuries recuaram, reforçando o fluxo para ativos de risco.
Com o Bitcoin cotado em US$ 120.100, a expectativa de um cenário de curto prazo é positiva. A combinação de dólar enfraquecido, juros em queda e máxima no ouro cria um ambiente altamente favorável para o BTC. O rompimento de patamares técnicos importantes reforça a tendência de alta, com espaço para buscar novas resistências. Caso os discursos do Fed reforcem a convicção dovish ou surjam dados fracos inesperados, o Bitcoin pode estender ganhos para zonas próximas de US$ 122.000 a US$ 125.000.”, aponta.
Uptober e altseason
Nic Puckrin, analista de criptomoedas e cofundador do The Coin Bureau, afirma que a última semana viu o Bitcoin recuar em direção à sua máxima histórica anterior, com os investidores apostando que o Fed continuará sua onda de cortes de juros neste mês.
Após superar um importante nível de resistência em US$ 118 mil, o terreno agora está livre para que o maior ativo digital do mundo alcance uma nova máxima histórica. Com os volumes diários de negociação parecendo fortes e o mercado permanecendo equilibrado, é provável que vejamos isso mais cedo do que tarde."
No entanto, essa não é a história toda. Enquanto muitos investidores permanecem miopicamente focados no Bitcoin, o ETH está discretamente apresentando um desempenho superior em segundo plano. Nos últimos oito dias, o ETH subiu 7,5% em relação ao BTC, enquanto a dominância do Bitcoin está caindo em direção às mínimas do ano mais uma vez.
Historicamente, esses têm sido os sinais de uma reversão para as altcoins. E embora este ciclo de mercado tenha sido muito diferente de 2021 até agora, estamos começando a ver sinais de desempenho superior das altcoins, embora de forma muito seletiva. Certamente estamos em um ponto do ciclo em que vale a pena prestar atenção a uma seleção de ativos além do BTC.”, afirma.
Bitcoin análise técnica
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que o Bitcoin inicia o quarto trimestre com uma armadilha para ursos clássica. Os shorts foram espremidos, US$ 400 milhões foram eliminados e o ativo recuperou US$ 120 mil
Ventos favoráveis sazonais + investidores de curto prazo retornando ao lucro = cenário clássico de FOMO. Entradas à vista atingem US$ 574 milhões , impulsionando compras agressivas. Isso pode levar o BTC a US$ 200 mil até o final do ano? O curinga: Dominância do Bitcoin (BTC.D) Romper 60% pode sinalizar forte convicção contra altcoins e confirmar uma verdadeira fase de descoberta de preços. Até lá, o medo de ficar de fora impulsiona o momentum, mas a estrutura do mercado define o caminho”, aponta.
O Bitcoin finalmente quebrou a barreira dos US$ 120.000, consolidando a narrativa de Uptober que os traders sustentam há mais de uma década. Historicamente, outubro tem sido o mês mais forte para o BTC, com retornos positivos em 10 dos últimos 12 anos. Este ano não parece diferente: em apenas dois dias de negociação, a criptomoeda já acumula uma alta semanal de quase 10%.
De acordo com Timothy Misir, Head of Research, BRN, o movimento não acontece isoladamente. Vemos ações em alta, ouro avançando e até o S&P 500 registrando novo recorde. A leitura do mercado é clara: dados fracos de emprego e a paralisação em Washington reforçam a expectativa de uma política monetária mais acomodatícia do Fed. Esse cenário funciona como combustível para ativos de risco — e o Bitcoin lidera essa corrida.
As altcoins também surfam essa onda. O Ethereum já alcança US$ 4.480, enquanto a Solana dispara para US$ 231. O BNB atingiu recorde histórico em US$ 1.108, reforçando que o apetite do varejo voltou com força. Esse movimento é sustentado por entradas robustas em ETFs: apenas na última semana, foram US$ 627 milhões em BTC e US$ 307 milhões em ETH.
Do ponto de vista técnico, a quebra dos US$ 120.000 projeta próximas resistências em US$ 121.000 a US$ 123.500, enquanto o suporte imediato está entre US$ 116.000 e US$ 118.000. Uma queda abaixo de US$ 115.000 poderia interromper o ímpeto, mas a combinação de fluxos em ETFs e crescimento de endereços ativos reforça a sustentação da demanda., disse
Além disso, ele destaca que o pano de fundo macro só reforça a euforia. O Tesouro americano já realizou US$ 4,9 bilhões em recompras de títulos nesta semana, adicionando liquidez ao mercado. Ao mesmo tempo, o ex-presidente Donald Trump ventilou a possibilidade de cheques de estímulo de US$ 1.000 a US$ 2.000 financiados por tarifas. Para o Bitcoin, isso representa combustível extra sobre uma base sazonal já otimista.
“O risco maior neste momento é a exuberância irracional. O mercado de opções já mostra interesse especulativo até em strikes de US$ 300.000, e o varejo corre para as altcoins. Oportunidade existe, mas a disciplina é fundamental. O investidor deve manter posição nos principais ativos, escalar a exposição em altcoins com cautela e preservar liquidez para eventuais correções.”, finalizou
Portanto, o preço do Bitcoin em 03 de outubro de 2025 é de R$ 631.303,88. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 03 de outubro de 2025, são: PancakeSwap (CAKE), Ether.fi (ETHFI) e Aster (ASTER), com altas de 25%, 15% e 10% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 03 de outubro de 2025, são: MYX Finance (MYX) DoubleZero (2Z) e Plasma (XPL) com quedas de -40%, -21% e -8% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.