Resumo da notícia
Uptober: outubro ficou conhecido como mês de alta para o Bitcoin e outras criptomoedas.
Em anos como 2013, 2017, 2020, 2021 e 2023, o BTC registrou fortes valorizações no período.
Em 2025, analistas projetam alta com apoio dos ETFs spot, clareza regulatória e entrada institucional.
O termo “Uptober” virou parte do vocabulário dos investidores em criptoativos ao longo dos últimos anos. A expressão, junção das palavras up (para cima) e October (outubro), define um período em que o Bitcoin e outras criptomoedas tendem historicamente a apresentar desempenho positivo no mercado.
Apesar de não se tratar de uma regra imutável, o fenômeno tem se repetido com frequência suficiente para ganhar destaque entre analistas e entusiastas.
Esse movimento também está relacionado ao fato de que outubro marca o início do último trimestre do ano, quando grandes investidores e fundos reavaliam suas carteiras e buscam ativos de risco para tentar melhorar resultados anuais.
O Bitcoin, por ser considerado volátil e com alto potencial de valorização, costuma atrair parte desses recursos.
Historicamente, alguns outubros chamaram a atenção pelo desempenho positivo do Bitcoin:
2013: um dos primeiros grandes “Uptobers”, quando o Bitcoin saltou de US$ 125 para cerca de US$ 200 no mês, abrindo caminho para a corrida que o levou a US$ 1.000 ainda naquele ano.
2017: em pleno mercado de alta, o preço saiu de aproximadamente US$ 4.300 no início de outubro para mais de US$ 6.400 no final, prenunciando a máxima histórica de quase US$ 20 mil em dezembro.
2020: em meio ao interesse crescente de investidores institucionais e o contexto de estímulos econômicos globais, o Bitcoin subiu de US$ 10.700 para US$ 13.800, preparando terreno para a arrancada de 2021.
2021: talvez o Uptober mais emblemático, quando o Bitcoin disparou de US$ 43 mil para US$ 61 mil em apenas um mês, pavimentando o caminho para o recorde histórico de US$ 69 mil em novembro.
2023: após um 2022 marcado por quedas e crises no setor, o Bitcoin voltou a subir em outubro, saindo da faixa de US$ 27 mil para mais de US$ 34 mil, impulsionado pelo otimismo em torno da aprovação de ETFs nos Estados Unidos.
O peso psicológico no mercado
O Uptober não é apenas estatística, mas também narrativa. O mercado de criptomoedas é altamente influenciado por expectativas e pela chamada “psicologia do investidor”. Ao acreditar que outubro é um mês de alta, muitos investidores entram comprados no início do período, o que, por si só, gera pressão de valorização.
Apesar da fama, nem todos os outubros foram positivos. Em 2018, por exemplo, o Bitcoin permaneceu praticamente estável, ainda impactado pelo fim do ciclo de alta anterior. Já em 2019, registrou apenas leve valorização, sem grandes movimentações
De acordo com Marcelo Person, Crypto Treasury & Market Making Director da Foxbit, embora não seja garantido que o Bitcoin vai subir em outubro, neste ano, o sentimento de alta em relação ao mês se intensifica com a consolidação dos ETFs spot, maior clareza regulatória nos EUA com a Genius Act, e sinais de entrada institucional contínua.
Diante disso ele separou para o Cointelegraph Brasil uma lista com as 5 criptomoedas que tem grande potencial de alta no mês.
5 criptomoedas para o Uptober
1. Ethereum (ETH)
O ETH segue como um dos protagonistas do mercado cripto. Após a estreia dos ETFs spot e com dados on-chain apontando acúmulo em carteiras de longo prazo, o ativo entra em outubro com expectativa de valorização. Além disso, a rede segue em evolução técnica com Rollups, Danksharding e maior integração institucional, principalmente em tokenização e stablecoins.
2. Bitcoin (BTC)
Outubro é conhecido como “Uptober” no universo cripto — historicamente, um dos meses mais positivos para o Bitcoin. Com dominância consolidada e fluxo consistente nos ETFs, o BTC tende a liderar qualquer retomada de alta. A perspectiva de cortes de juros nos EUA e melhora nos dados macroeconômicos pode impulsionar o apetite por ativos de risco.
3. Solana (SOL)
A Solana continua se destacando pelo alto desempenho técnico e pela variedade de casos de uso — de games e pagamentos a redes sociais cripto. O ecossistema está mais maduro, com liquidez crescente e usuários ativos em alta. Com a especulação sobre um ETF específico de SOL com staking nos Estados Unidos, o token deve se beneficiar da entrada de novos fluxos institucionais.
4. Optimism (OP)
A Optimism vem ganhando espaço como uma das principais Layer 2 do Ethereum, com destaque para seu papel na construção de um ecossistema multichain via OP Stack. A rede tem apoio de players como a Coinbase — que a utiliza como base para sua L2 "Base" — e atrai desenvolvedores com foco em escalabilidade, baixo custo e interoperabilidade. Com o Ethereum em alta, a OP tende a surfar o movimento, reforçando seu valor como infraestrutura complementar.
5. Avalanche (AVAX)
A AVAX retorna ao radar com movimentações relevantes por parte de “smart money” e maior participação em iniciativas de tokenização. A estrutura compatível com EVM, combinada com taxas reduzidas, favorece a construção de aplicações institucionais. Com o mercado voltando a olhar para ativos sólidos de segunda linha, a Avalanche pode surpreender em outubro.