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Walter BarrosWalter Barros

Rede Brasil de Blockchain deverá rodar em sistema baseado em consenso por ‘prova de autoridade’

Idealizado em 2018, projeto deverá ser uma rede simplificada com uma camada de controle junto aos agentes do governo federal

Rede Brasil de Blockchain deverá rodar em sistema baseado em consenso por ‘prova de autoridade’
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A Rede Brasil de Blockchain (RBB), projeto que começou a ser idealizado em 2018, deverá usar o hub para o desenvolvimento de blockchain Hyperledger Besu 2.0. A informação foi revelada na última segunda-feira (14) durante o Ethereum.Rio pelo  chefe de iniciativas de blockchain do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social  (BNDES), Gladstone Arantes.

Ao justificar os motivos pelos quais a RBB vai utilizar projetos já existentes na América Latina, Europa e Espanha, ele disse que: 

O que acontecia no governo brasileiro e ainda acontece é que, para cada caso de uso, se cria a própria infraestrutura e network. Isso bloqueia a inovação. É como se fossemos fazer o Google, mas antes tivéssemos que fazer a internet. Por isso, após discutirmos com nossos parceiros, vimos que era uma necessidade criar uma estrutura única e é isso que estamos fazendo com a Rede Blockchain Brasil. 

Arantes argumentou ainda que a RBB tem como pilares a transparência e a busca por fazer uma estrutura mais simples possível para os cidadãos.

A escolha do Hyperledger Besu deu pistas de como irá funcionar a RBB, uma vez que o sistema possui mecanismos de prova de autoridade (proof of authority) que, neste caso, deverá ser uma camada de controle de agentes estatais. Isso porque, embora o Besu possua mecanismos de prova de trabalho (PoW), a RBB na terá mineração, de acordo com o que foi informado. 

A rede escolhida é uma cliente Etherem, executada também  em  redes privadas e redes de testes como Rinkeby, Ropsten e Görli, segundo informações da página oficial do  Hyperledger Besu.

Também participam do desenvolvimento da RBB a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), a PUC-Rio, a Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), o Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest) e o laboratório de inovação do American Development Bank Group (IDB LAB).

Os cenários de utilização da RBB podem ter pesado na escolha do  Hyperledger Besu 2.0. Isso porque a criação de um sistema próprio poderia representar um relativo isolamento da RBB, o que afetaria o projeto de um de seus principais objetivos, direcionado à busca pela popularização do acesso, conforme defendeu a especialista Vanessa Almeida e uma publicação do Cointelegraph Brasil

 

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