Resumo da notícia:

  • Clusters de liquidez do BTC se concentram entre US$ 81 mil e US$ 89 mil.

  • Ruptura de resistência de US$ 92 mil pode animar os touros do Bitcoin pavimentar caminho para US$ 100 mil.

  • Exchanges tentam aproveitar Black Friday para aquecer negociações de criptomoedas.

  • RSI aponta leve recuo na pressão de compra de criptomoedas.

O mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 3,11 trilhões (-0,2%) na manhã desta sexta-feira (28), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 91,2 mil (-0,2%) com dominância a 58,5%, diminuição do medo (21%) e as principais altcoins em terreno misto.

Apesar da alta acumulada semanal de 11,8%, em meio ao enfraquecimento das narrativas de estouro da bolha da inteligência artificial (IA) e do aumento da expectativa por corte de juros em dezembro pelo Federal Reserve (Fed), um insight desta semana da Glassnode apontou que os efeitos do crash de 10 de outubro ainda persistem. Na ocasião, quase US$ 20 bilhões de posições alavancadas em criptomoedas foram varridas, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi às redes sociais dizer que imporia 100% de tarifas alfandegárias à China, o que não aconteceu.

Para a Glassnode, a reação do Bitcoin nos últimos dias se deu pelo fechamento de posições vendidas (shorts), porém sem aberturas expressivas de novas posições compradas (longs), em sinal de saída do mercado. Além disso, a Glassnode destacou a capitulação dos traders de Bitcoin, em uma zona entre US$ 81 mil e US$ 89 mil, região em que há um denso cluster de custo-base, que indica ser uma zona de forte suporte.

Os números apresentados pela plataforma apoiavam uma publicação feita no X pelo especialista em criptomoedas Ted Pillows, que apontou a ruptura resistência-chave entre US$ 92 mil e US$ 93 mil como crucial para nova pernada de alta do BTC, apesar da baixa demanda à vista (spot).

Se o Bitcoin recuperar esse nível, uma alta em direção a US$ 98.000 a US$ 100.000 poderá ocorrer. Caso contrário, o Bitcoin cairá abaixo do nível de US$ 88.000, disse o especialista.

Em direção contrária, exchanges de criptomoedas tentavam aproveitar a Black Friday para aquecer a negociação de criptomoedas. No Brasil, por exemplo, o Mercado Bitcoin anunciou um cashback em Bitcoin para os investidores que transferirem suas criptomoedas para a plataforma, além de pontos no programa de recompensas Livelo em transações elegíveis, que incluem Renda Fixa Digital, além das transações de criptomoedas.

O ambiente macroeconômico também se mostrava amistoso a mercados de risco, ao qual as criptomoedas são associadas, já que o VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, estava recuado a 17,43 pontos (-6%). Os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados negociação à vista (spot) de Bitcoin e de altcoins permaneceu sem movimento no dia anterior, por causa do feriado do Dia de Ação de Graças.

mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava queda a US$ 133,28 bilhões (-0,1%) no Interesse Aberto e retração a US$ 187,17 bilhões (-28,3%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas recuava a US$ 157,48 milhões (-51,2%). Nesse caso, havia certo equilíbrio entre ursos e touro, já que a liquidação shorts beirava US$ 72 milhões ante US$ 85,56 milhões em liquidações longs.

A 53,34 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das apontava ligeiro recuo na pressão de compra em relação ao dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como AVAX, CRV, PENDLE, TURBO, BAT, ARC, BARD, POPCAT, SKY, SQD, SOLV, CLO, TRADOOR, AIN, AWE, COW, FUN, SIREN, TAIKO. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como ZEC, APT, STRK, RESOLV, BERA, M, TWT, WCT, PIEVERSE, OG, APR, B, ME, HUMA, SXP, AIO, DAM.

Mapa de calor de 4 horas do RSI das criptomoedas. Fonte: Coinglass.

O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava recuado a 23 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o se retraía a US$ 480,31 (-5,8%), o KAS valia US$ 0,057 (-5,9%), o DASH orbitava US$ 59,44 (-5,3%), o STRK estava precificado em US$ 0,14 (-3,1%), o SKY avançava a US$ 0,050 (+7,7%), o PUMP saltava a US$ 0,0030 (+6,3%), o SHIB era trocado por US$ 0,0000089 (+4,6%) e o HYPE alcançava US$ 35,96 (+4%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o ARC estaca cotado a US$ 0,052 (+55,2%), o SQD chegava a US$ 0,093 (+53,2%), o PIPPIN representava US$ 0,079 (+47,6%), o TURBO acelerava a US$ 0,0023 (+45,5%), o REKT era trocado por US$ 0,00000040 (+38,3%), o CTM se convertia em US$ 0,088 (+25,2%), o BAT se equiparava a US$ 0,26 (+19%), o CLO era transferido por US$ 0,33 (+17,5%) e o AWE pareava US$ 0,0614 (+15,3%).

Entre as novas listagens estava IRYS e AT na CoinEx, GUA e APTM na Poloniex, SOSO na Bitvavo, IP3L e WLFI3L na LBank, GAIB e BAY na Biconomy.

No dia anterior, o Bitcoin virou para alta e as criptomoedas subiram até 87%, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.