Resumo da notícia:

  • Superação do nível de US$ 92 mil pode facilitar caminho para US$ 100 mil.

  • Clusters de liquidez também apontam níveis mais altos, mas ursos também estão no jogo.

  • Padrão dos últimos anos também indica prolongamento da pernada de alta.

Virado para alta com otimismo no Fed nesta quinta-feira (27), o Bitcoin (BTC) não está livre de risco corretivos, mas, para alguns especialistas, a chance maior é de prolongamento da pernada de alta.

No X, Michaël van de Poppe considerou US$ 92 mil como nível crucial, já que o rompimento pode catapultar o Bitcoin para US$ 100 mil.

No geral, uma forte recuperação. Gostaria de ver alguma consolidação aqui antes de rompermos esse nível de resistência. Não me importaria com um novo teste em US$ 88 mil, porém, se esse nível for rompido, as chances de atingirmos a mínima aumentam significativamente. O ciclo está longe de terminar, acrescentou o especialista.

Ted Pillows também seguiu na mesma direção ao apontar clusters de liquidez em níveis entre US$ 100 mil e US$ 110 mil, apesar de clusters mais baixos, em sinal de que os ursos não desistiram de continuar a derrubada do preço do Bitcoin das últimas semanas.

Ainda há potencial de alta. Mas alguns clusters de liquidez também estão se formando em torno do nível de US$ 85.000 a US$ 86.000. Se o Bitcoin recuperar a zona de US$ 93.000 a US$ 94.000, acredito que o BTC poderá chegar a US$ 100.000 antes de qualquer queda, explicou o especialista em postagem no X.

Rekt Capital, por sua vez, recorreu ao padrão de três velas ascendentes de longo prazo delineado nos últimos anos pelo Bitcoin, sugerindo que esse movimento pode facilitar o rompimento de US$ 100 mil ainda este ano.

A história claramente quer se repetir. O Bitcoin está a pouco mais de 2% de atingir cerca de US$ 93.000, comentou especialista.

Cenário macroeconômico favorável

A entrada de capital líquido no mercado de criptomoedas, cerca de US$ 130 bilhões em 24 horas, apontava para precificação da queda da aversão ao risco com novos dados econômicos capitaneados pelos Estados Unidos.

O otimismo também reforçou as apostas por cortes de juros em dezembro pelo Federal Reserve (Fed), em direção ao aumento de liquidez em mercados como o de criptomoedas. Nesse sentido, a divulgação de novos dados do Departamento do Trabalho apontou resiliência do mercado de trabalho, já que os pedidos de auxílio-desemprego recuaram a 216 mil na semana encerrada no último dia 22 ante 222 mil na semana anterior.

Outro possível catalisador para alta de mercados como o de criptomoedas foi a perda de força da narrativa de estouro da bolha da inteligência artificial (IA), cujos argumentos contrários sustentam que o retorno da tecnologia não justifica os aportes bilionários em data centers. Para a empresa australiana de serviços financeiros Macquarie, “uma bolha estoura quando há muita oferta para pouca demanda. Na IA, temos o oposto.”

No dia anterior, a IA apontou que o Bitcoin não sangraria apesar do recuo das criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.