Resumo da notícia
7h
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 27/10/2025, está cotado em R$ 490.387,56. O BTC surpreendeu os ursos e subiu mais de 5% nesta quinta, levando o ativo novamente a US$ 92 mil e espantando os fantasmas de uma queda abaixo de US$ 80 mil.
Paulo Aragão, Host Podcast Giro Bitcoin, destaca que o BTC voltou a ganhar força e se aproximou da região dos US$ 91.000, cumprindo o repique técnico mínimo que vinha sendo observado nos últimos dias.
O movimento foi impulsionado pela continuidade da alta nos índices americanos e pelo aumento das apostas em um corte de juros em dezembro. Além disso, havia uma pressão artificial no mercado de opções exatamente nessa faixa, o que fortaleceu o movimento quando o preço foi liberado.
No entanto, com o feriado de Thanksgiving nos Estados Unidos, é natural que o mercado opere com liquidez reduzida e movimentos mais erráticos, o que tende a limitar avanços mais consistentes no curto prazo. Por isso, não será surpresa se o Bitcoin continuar oscilando e só busque a região de US$ 93.000–94.000 com mais clareza a partir da próxima semana.
Neste momento, a área dos US$ 91.000 se torna referência importante: se o preço permanecer acima desse patamar, abre espaço para avanços adicionais. Caso contrário, o mercado pode voltar a perder força. O comportamento nesta região vai indicar se estamos diante apenas de um repique técnico ou do início de uma recuperação mais sustentada.
Por que o preço do Bitcoin subiu hoje?
O Bitcoin subiu hoje porque uma combinação de fatores macroeconômicos, movimentos de grandes investidores e sinais técnicos reacendeu a demanda e puxou o preço para cima.
O mercado reagiu primeiro às expectativas de mudança na política do Fed, que ainda gera bastante incerteza. No entanto, analistas, como Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, destacam que o discurso recente de autoridades do banco central abriu espaço para um possível afrouxamento monetário. Essa leitura ganhou força depois que Cathie Wood reforçou, mais uma vez, que a liquidez global pode melhorar já nas próximas semanas. A visão da executiva da ARK Invest pesou no sentimento, porque ela também direcionou US$ 93 milhões para ações ligadas ao setor cripto, o que ampliou o otimismo sobre o setor.
Além disso, a correlação de 0,82 entre Bitcoin e S&P 500 voltou a mostrar que o BTC segue extremamente sensível a mudanças macroeconômicas. Cada sinal de relaxamento do Fed tende a aumentar a disposição dos investidores para buscar ativos de maior risco. Por isso, o BTC respondeu com força ao ambiente um pouco mais favorável, principalmente depois de semanas marcadas por aversão intensa.
O dia começou com uma melhora gradual no sentimento, impulsionada pelos primeiros fluxos líquidos positivos nos ETFs de Bitcoin após uma fase de saídas contínuas. O mercado encarou essa entrada como um sinal de que parte dos investidores institucionais voltou a operar na ponta compradora. Já o Ethereum liderou o fluxo, com US$ 61 milhões em aportes, marcando quatro dias consecutivos de demanda — uma sequência que não era vista desde outubro.
Em paralelo, os dados macro mostraram um ambiente mais benigno. Os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram para 216 mil, o menor nível desde abril, o que indica resiliência moderada da economia. Já o Beige Book apontou desaceleração da atividade e consumo mais fraco em alguns distritos, reforçando a leitura de que o Federal Reserve permanece em modo dependente dos dados. Em meio a esse cenário, a narrativa sobre liquidez ganhou novo impulso e abriu espaço para tomadas de risco controladas.
Acumulação das baleias
No campo on-chain, o alívio apareceu de forma desigual. Os fluxos de stablecoins mostraram melhora: o comportamento da USDT, tradicionalmente visto como indicador contrarian, registrou redução na tomada de lucros e iniciou uma reversão positiva. Além disso, os ETFs de BTC registraram mais US$ 21 milhões em entradas, enquanto os de XRP somaram US$ 22 milhões. A exceção ficou com a Solana, que anotou US$ 8 milhões em saídas, reforçando o comportamento defensivo de parte dos gestores.
Embora os volumes permaneçam baixos e o mercado apresente características típicas de um "rally de reparo", grandes carteiras e compras institucionais seguem absorvendo oferta. Em algumas regiões, inclusive, tesourarias públicas e fundos estatais teriam voltado a comprar em pequenas quantidades ao longo das últimas semanas, segundo relatórios de mercado.
Mesmo com o avanço diário, o ambiente segue frágil. Analistas alertam que qualquer surpresa macro, especialmente inflação acima do esperado ou falas mais duras do Fed, pode rever rapidamente o movimento de alta. Outro risco permanece no fluxo dos ETFs: saídas sustentadas voltariam a retirar o “comprador marginal”, reacendendo a ameaça de uma queda em direção aos US$ 80 mil. Da mesma forma, um aumento súbito nos depósitos de BTC ou ETH em exchanges poderia indicar enxurrada de vendas.
Outro ponto chave veio da acumulação das baleias, que passaram os últimos dias comprando agressivamente. Os dados mostram que 30.000 BTC entraram nas carteiras desses grandes investidores, mesmo enquanto o preço permanecia pressionado. Esse comportamento indica que os valores abaixo de US$ 90 mil ainda parecem atrativos para quem movimenta bilhões. Porém, o avanço desta quarta-feira ocorreu em meio a um dado relevante: entradas totais de US$ 40 bilhões em exchanges durante a semana, o que adiciona risco e pode aumentar a volatilidade.
E agora?
Ainda assim, o sinal dominante permaneceu positivo porque o Índice de Medo e Ganância caiu para 18, nível historicamente associado a pontos de reversão. O movimento empurrou o humor do mercado, embora a pressão vendedora continue presente em corretoras como a Coinbase, que registrou 12.000 depósitos de BTC apenas em 27 de novembro.
Por fim, o rali de hoje também refletiu um rebote técnico claro. O Bitcoin voltou a operar acima de sua média móvel simples de 7 dias, retomando a faixa de US$ 87.043, enquanto o RSI subiu de 38 para 48. As taxas de financiamento negativas contribuíram para impulsionar o preço, já que muitos vendedores acabaram forçados a encerrar posições. Esse processo elevou a pressão compradora e acelerou a alta ao longo da manhã.
O desafio agora aparece na resistência da média móvel simples de 30 dias, situada em US$ 98.852. Uma quebra acima desse patamar pode abrir espaço para compras por impulso, mas a rejeição nessa zona pode reacender o medo.”, disse Ermolaev
Bitcoin cenário macroeconômico
André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados asiáticos avançaram, impulsionados por um salto nas expectativas de que o Federal Reserve (Fed) irá promover um corte de juros em dezembro, com as probabilidades precificadas pelos mercados subindo para cerca de 85%.
O dólar oscilou para baixo, o iene se valorizou levemente em meio a especulações de intervenção no Japão. Nessa mesma expectativa, o Bitcoin avançou modestamente sendo atualmente cotado em US$ 91.200 apresentando uma expectativa de curto prazo positiva para o resto do dia.
A reversão da tendência de quatro semanas de queda, combinada com o ambiente de juros em queda e liquidez crescente, favorece criptoativos como o BTC.
O rompimento da barreira dos US$ 90.000 sugere retomada de momentum, e caso o dólar siga em trajetória de enfraquecimento ou os dados econômicos dos EUA continuem pressionando o Fed, o BTC poderá testar resistências na região de US$ 92.000–94.000. Por outro lado, se houver alguma surpresa hawkish ou recuperação nos yields, a faixa de suporte imediato se localiza entre US$ 88.000 e US$ 89.500.
Bitcoin análise técnica
Para o analista Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, o momento ainda exige cautela:
“O retorno aos US$ 90 mil é construtivo, mas está longe de ser decisivo. Os fluxos dos ETFs mostram compradores reaparecendo, e a melhora no comportamento da USDT sugere que a pressão de venda imediata diminuiu. Mesmo assim, a incerteza macro e o estresse on-chain mantêm essa recuperação delicada. No curto prazo, o intervalo entre US$ 84 mil e US$ 95 mil deve guiar as decisões do mercado.”
Misir acrescenta que a quebra do topo local pode mudar o humor rapidamente.
“Uma alta sustentada acima de US$ 95 mil reabre espaço para testar resistências intermediárias. Mas perder o suporte de US$ 84 mil sinalizaria distribuição renovada e risco de queda mais profunda.”
Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de novembro de 2025 é de R$ 489.178,92. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0020 BTC e R$ 1 compram 0,0000020 BTC.
As criptomoedas que estão registrando as maiores altas no dia 27 de novembro de 2025, são: Kaspa (KAS), SPX6900 (SPX) e Virtual Protocols (VIRTUAL), com altas de 21%, 13% e 12% respectivamente.
As criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 27 de novembro de 2025, são: Memecore (M), Canton (CC) e Story (IP), com quedas de -31%, -5% e -2% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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