Resumo da notícia:
Em leve retração, criptomoedas buscam catalisador de alta na narrativa do corte de juros do Fed.
IA diz que o Bitcoin tem 15% de chance de derreter e 50% de possibilidade de recuperar US$ 100 mil até o fim do ano.
RSI indica aumento de pressão de venda de criptomoedas.
Na manhã desta quarta-feira (26), o mercado de criptomoedas orbitava US$ 2,99 trilhões (-0,2%) em market cap. O Bitcoin (BTC) orbitava US$ 86,9 mil (-0,5%) com dominância de 58%, medo extremo dos investidores (15%) e as altcoins em terreno misto.
Em linhas gerais, a lateralização antecedia o Dia de Ação de Graças, celebrado na próxima quinta-feira nos Estados Unidos, Canadá e outros países. Enquanto isso, os mercados tentavam precificar o otimismo das expectativas com o corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro, após a última reunião do ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), colegiado de política monetária do Banco Central dos EUA. Mensurado pela FedWatch, ferramenta da Bolsa Mercantil de Chicago (CME), o entusiasmo também favoreceu a alta dos índices S&P 500 e Nasdaq, aos quais o desempenho do Bitcoin historicamente se associa, encerrando em respectivos 6.765,88 (+0,91%) e 23.025,59 pontos (0,67%).
As narrativas em torno do corte de juros pelo Fed, que pode favorecer a liquidez em direção a mercados como o de criptomoedas, também se somava às expectativas dos investidores de que o presidente Donald Trump indicará o diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, como novo presidente do Fed. Isso porque Hassett é defensor de juros mais baixos.
Em relação à inflação, que é um dos principais catalisadores adversos ao avanço de mercados como o de criptomedas, os dados de setembro do índice de preços ao produtor (PPI), divulgados com atraso por causa do shutdown, paralisação de serviços do governo dos EUA, apontaram alta mensal de 0,3% e 2,7% no acumulado de 12 meses. Segundo o Departamento de Trabalho, o avanço do PPI no mês retrasado foi de 0,1%, quando excluídos itens voláteis.
Com a falta de s catalisadores macroeconômicos de volatilidade, o economista Timothy Peterson observou em uma publicação no X que o Bitcoin possui poucas chances de um novo banho de sangue, ao destacar que uma simulação baseada em inteligência artificial (IA), desconsiderando mudanças no ambiente econômico, “estima que o fundo do poço já foi atingido ou ocorrerá esta semana, com uma recuperação lenta até o final do ano”.
Há menos de 50% de chance de o Bitcoin recuperar os US$ 100.000 até 31 de dezembro. Há pelo menos 15% de chance de o Bitcoin fechar em baixa (US$ 84.500) e 85% de chance de fechar em alta, completou.
AI-driven Bitcoin simulation estimates the bottom is in or occurs this week, with a slow recovery through the end of the year.
— Timothy Peterson (@nsquaredvalue) November 24, 2025
There is less than 50% chance Bitcoin reclaims $100,000 by December 31. There is at least a 15% chance Bitcoin finishes lower from here ($84,500) and an… pic.twitter.com/ZfBBCT0NRI
O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, estava recuado a 18,28 pontos (-11%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados negociação à vista (spot) de Bitcoin, de Ethereum (ETH), de Solana (SOL) e de XRP avançaram por respectivas entradas líquidas de US$ 128,64 milhões, US$ 78,58 milhões, US$ 53,08 milhões e US$ 35,41 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 129,30 bilhões (+0,8%) no Interesse Aberto e queda a US$ 252,02 bilhões (-10,3%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas orbitava US$ 249,63 milhões (-35%). Nesse caso, havia equilíbrio entre ursos e touros, já que a liquidação de posições vendidas (shorts) beirava US$ 128 milhões ante US$ 121 milhões em posições compradas (longs).
A 49,22 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das apontava neutralidade, mas com aumento da pressão de venda em relação ao dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como ENA, MON, FARTCOIN, AVAX, CAKE, XMR, OM, PENDLE, KAS, HOME, MOODENG, HANA, JST, SOLV, ICNT, AIN, NAORIS. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como ASTER, ZEC, TRUMP, RESOLV, M, SOON, APR, OG, ROSE, AT, XAN, UAI, GRASS, A, MOCA, AIO, DUSK, FIS.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava avançado a 25 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o ASTER representava US$ 1,07 (-6,7%), o MYX se equiparava a US$ 2,61 (-3,6%), o PENGU valia US$ 0,010 (-3,5%), o IP avançava a US$ 2,67 (+9,4%), o TAO estava precificado em US$ 312,67 (+7,1%), o ENA respondia por US$ 0,28 (+6,6%) e o STRK valia US4 0,14 (+6,2%).
Quanto às altas de dois e três dígitos percentuais, o MON ascendia a US$ 0,046 (+28,3%), o SPX chegava a US$ 0,64 (+18,9%), o XION explodia a US$ 1,03 (+205%), o CTM se nivelava por US$ 0,065 (+45%), o REKT era trocado por US$ 0,00000027 (+31,3%), o OM pareava US$ 0,095 (+28,3%), o CTC estava cotado a US$ 0,33 (+19,1%), o HONEY valia US$ 0,011 (+15,7%) e o GEOD era trocado por US$ 0,15 (+14,7%).
Entre as novas listagens estavam XION na Bithumb, MIN na Bitrue, BIBI na LBank, TURTLE na Bitkub, ENS e MLK na Biconomy.
No dia anterior, a pressão de compra de criptomoedas subia enquanto o Bitcoin reagia, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.