Resumo da notícia:
Humanity Protocol e Mastercard estabelecem parceria para integrar a tecnologia Open Finance à plataforma de identidade digital on-chain Human ID.
A colaboração permite que usuários comprovem dados financeiros, simplificando o acesso a crédito e ao mercado de ativos do mundo real (RWA) no ecossistema Web3.
A prova de humanidade é realizada através da biometria de palma da mão dos usuários e utiliza ZK Proofs para garantir a privacidade dos dados dos usuários.
O Humanity Protocol (H), provedor de soluções de identidade digital on-chain, fechou uma parceria para integrar a tecnologia de conectividade Open Finance da Mastercard à plataforma de verificação de identidade Human ID.
De acordo com o comunicado oficial divulgado pelo Humanity Protocol, o objetivo é permitir que os usuários acessem de forma mais eficiente e segura serviços financeiros tradicionais, como crédito e empréstimos, além de simplificar o acesso de novos usuários ao ecossistema Web3 e a ativos do mundo real (RWA). Inicialmente, o serviço será disponibilizado para os usuários do Human ID baseados nos Estados Unidos.
O Human ID é uma solução de identidade digital desenvolvida para oferecer suporte a verificações em diversas plataformas, garantindo que as credenciais dos usuários sejam válidas tanto em ecossistemas centralizados, como o da Mastercard, quanto em plataformas da Web3.
Tradicionalmente, a verificação de informações pessoais e financeiras para abertura de contas exige processos manuais e demorados, como o envio de documentos e validação em etapas. Com a integração do Open Finance da Mastercard, os detentores do Human ID poderão comprovar informações financeiras, como nível de renda ou posse de ativos, sem revelar dados sensíveis.
“Acreditamos que a identidade é fundamental para o futuro das finanças”, afirmou Terence Kwok, fundador do Humanity Protocol. “Juntamente com a Mastercard, estamos permitindo que os portadores do Human ID demonstrem que atendem aos requisitos financeiros, sem perder tempo com processos manuais.”
O sistema de verificação de identidade do Humanity Protocol utiliza Provas de Conhecimento Zero (ZK Proofs) para converter e validar dados brutos em provas criptográficas, preservando a privacidade financeira e informações sensíveis dos usuários.
A partir da integração com o sistema de Open Finance da Mastercard, os usuários do Human ID poderão comprovar informações financeiras, como nível de renda, fluxo de caixa ou propriedade de bens, ao abrir uma conta Human ID.
O Human ID permite, por exemplo, que o usuário comprove sua renda anual ou a posse de ativos financeiros, sem revelar dados sensíveis,.
Jess Turner, chefe global de Open Finance e Experiência de Desenvolvedor na Mastercard, afirma que as ferramentas do Humanity Protocol se alinham ao propósito da empresa de proporcionar experiências financeiras mais seguras e convenientes aos consumidores:
“Os dados – com permissão segura do consumidor que é seu proprietário – podem ser um ativo poderoso em muitas partes de nossas vidas diárias. Estamos utilizando o poder do Open Finance para oferecer experiências nas quais as pessoas possam confiar.”
Kwok acrescenta que as credenciais do Human ID favorecem a integração entre plataformas financeiras tradicionais e descentralizadas, estabelecendo um alto nível de confiança entre as partes. A adoção das credenciais do Human ID tende a simplificar e acelerar o acesso dos usuários ao mercado de tokens RWA, que exige comprovação de elegibilidade e conformidade regulatória antes de validar o acesso ao ativo tokenizado.
A parceria também contribui para a inclusão financeira. Ao simplificar os procedimentos de KYC (identificação de clientes), tornando-os menos intrusivos e maquinais, o Human ID pretende ampliar o acesso a serviços financeiros antes restritos a investidores qualificados.
Privacidade é a próxima fronteira do mercado de criptoativos
A iniciativa se insere em um movimento mais amplo de desenvolvimento de soluções de privacidade e identidade digital interoperáveis no ecossistema de criptoativos e DeFi (finanças descentralizadas).
O sistema de verificação de identidade do Humanity Protocol é baseado em biometria da palma da mão, que captura o padrão de veias do usuário para atestar que o indivíduo é uma pessoa real e única.
Este método de verificação se diferencia do sistema adotado pela World (WLD), que requer o escaneamento da íris para gerar um World ID, com o mesmo objetivo de gerar uma prova de humanidade.
Conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu a World de compensar os usuários que se submetem ao seu sistema de validação biométrica porque entende que oferecer remuneração financeira em troca da coleta de dados pessoais sensíveis caracteriza um “vício de consentimento” motivado por vantagens econômicas.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) veda o tratamento de dados pessoais quando há esse tipo de vício, pois ele poderia comprometer a liberdade e autonomia do titular dos dados ao tomar decisões sobre o compartilhamento de suas informações.