A Polícia Federal (PF) anunciou nesta quarta-feira (5) a prisão de Rodrigo Gomes, suspeito de participação nos esquemas de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins. Piloto, como Rodrigo é conhecido, estava na Flórida, nos Estados Unidos, e deve ser extraditado para o Brasil.
Segundo o comunicado, a ação foi realizada pela agência americana Homeland Security Investigations (HSI), após cooperação com a Polícia Federal. O brasileiro era considerado foragido da Justiça desde agosto de 2021, quando foi deflagrada a Operação Ktyptos, responsável pela prisão de Glaidson e a desarticulação da pirâmide financeira baseada em criptomoedas comandada por ele através da empresa GAS Consultoria.
O esquema movimentou ilegalmente mais de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021, operando uma pirâmide financeira com falsas promessas de investimentos em criptomoedas, segundo a PF.
Piloto era alvo de uma Difusão Vermelha da Interpol desde agosto de 2022, figurando como foragido internacional. A prisão foi possível graças ao intercâmbio de informações entre a Polícia Federal e o HSI, que possibilitou sua localização na região de Miami e posterior captura.
De acordo com as investigações, o foragido deixou o Brasil utilizando um passaporte falso e passou a atuar nos Estados Unidos em benefício da organização criminosa, intermediando aquisições patrimoniais, constituindo empresas, movimentando contas bancárias, adquirindo criptoativos e providenciando documentos migratórios.
O preso permanecerá sob custódia nos Estados Unidos enquanto são adotadas as providências para sua deportação ou extradição ao Brasil, onde poderá responder pelos crimes pelos quais é acusado, com penas que podem chegar a 26 anos de prisão.
Em meio à prisão de Piloto, o governo prepara projeto que inclui criptomoedas no crime de lavagem de dinheiro, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.