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Walter BarrosWalter Barros

Aprovado por comissão do Senado para presidência da CVM, João Pedro Nascimento promete ‘mais atenção’ às criptomoedas

Advogado foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos, que também aprovou o nome de João Carlos Accioly para a direção da CVM.

Aprovado por comissão do Senado para presidência da CVM, João Pedro Nascimento promete ‘mais atenção’ às criptomoedas
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Após uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal na tarde da última terça-feira (5), o nome do advogado João Pedro Barroso do Nascimento foi aprovado para a presidência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).  Entre outras aprovações, para cargos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e no Banco do Brasil, a CAE também aprovou a indicação do ex-secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Inovação, João Carlos de Andrade Uzêda Accioly, para a direção da CVM. Os nomes dos aprovados ainda precisam ser confirmados pelo plenário do Senado. 

Em seus pronunciamentos, João Pedro  elencou as criptomoedas e o mercado de créditos de carbono em um rol de temas a terem mais atenção durante sua possível gestão.

Destaca-se ainda que há uma série de temas que devem ser tratados pela CVM ao longo de 2022 e, se Deus permitir, durante a minha gestão. Alguns dos quais foram incluídos na agenda regulatória anual apresentada pela CVM. A regulamentação do Fiagro, o mercado brasileiro de redução de emissão de carbono, a criptoeconomia, que eu estava ao lado e escutei os senhores debatendo, o marco da securitização e o novo marco das garantias, disse.

Nascimento se comprometeu a trabalhar em cima de iniciativas em andamento, como a redução de custo de compliance, a desburocratização e a educação financeira. Ele também salientou a expansão do mercado de capitais por meio do crescimento no número de investidores no Brasil e defendeu um estudo científico do impacto regulatório das normas.

Indicado à presidência da CVM, João Pedro Barroso do Nascimento foi sabatinado pela CAE. Foto: Rodrigo Viana/Agência Senado

As criptomoedas voltaram a ser mencionadas em uma pergunta do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) dirigida a João Carlos  Accioly, uma vez que o parlamentar disse ao candidato a diretor da CVM que os criptoativos servem de instrumento suscetível de atividades ilícitas. O advogado respondeu ao senador que a CVM não pode tutelar estes tipos de atividade e que as empresas precisam de transparência junto aos seus clientes.  

A intermediária, quando diz que está custodiando criptoativos para os seus clientes, tem que demonstrar que esses ativos estão protegidos, não podem ser afetados por outra coisa que não o próprio risco de oscilação. O investidor deve estar sujeito ao risco que ele quer, argumentou  João Carlos  Accioly, que defendeu o desenvolvimento do setor privado e que o mercado de capitais sirva melhor às empresas de menor porte.

Caso sejam aprovados pelo plenário do Senado e empossados na CVM, João Pedro e João Carlos deverão ingressar em uma autarquia no limiar da evolução do mercado de tokenização de ativos no Brasil, em setores como o agronegócio, esporte, música, arte, gastronomia e indústria, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

 

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