Resumo da notícia:

  • AIA, HIPPO e FOLKS disparam, apesar do aumento da pressão de venda de criptomoedas.

  • Dados de empresa de consultoria apontam perda massiva de empregos por causa da IA e causa preocupação nos mercados.

  • ETFs de Bitcoin e Ethereum reagem, apesar do aumento do medo.

  • Apesar da saída de capital líquido e de liquidações de traders alavancados, RSI indica perda de força da pressão de venda das criptomoedas.

O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,35 tilhões (-2,1%) na manhã desta sexta-feira (7), quando o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 100 mil (-3%) com dominância a 59,7%, medo dos investidores (21%) e a maioria das altcoins no vermelho.

Apesar da majoração da pressão de venda e de liquidações, chamava a atenção o desempenho dos tokens DeAgentIA (AIA), sudeng (HIPPO) e Folks Finance (FOLKS), transacionados respectivamente por US$ 14,96 (+530%), US$ 0,0048 (+262%) e US$ 4,82 (+135%).

Gráfico de 24 horas do par AIA/USD. Fonte: CoinMarketCap.

Em relação ao AIA, a valorização da altcoin sucedia uma notícia de parceria entre a plataforma de agentes de inteligência artificial (IA) DeAgentIA com o protocolo de pagamentos Pierverse, voltada à utilização dos agentes de IA na verificação de faturas on-chain. O que também posiciona o AIA como um meio de liquidação dentro do ecossistema.

Enquanto a IA favorecia a disparada do token, a tecnologia também pressionava indiretamente o Bitcoin e índices acionários como S&P 500 e Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do rei das criptomoedas, encerrados em respectivos 6.720,32 (-1,12%) e 23.053,99 pontos (-1,90%). O que acontecia na esteira do crescimento das preocupações com a escalada do desemprego nos Estados Unidos por causa da IA.

Segundo dados divulgados pela consultoria de recolocação Challenger, Gray & Christmas, as empresas demitiram 153.074 pessoas em outubro, quase o triplo de setembro.

Alguns setores estão se ajustando após o boom de contratações da pandemia, mas isso ocorre em um momento em que a adoção da IA, o enfraquecimento do consumo e dos gastos corporativos e o aumento dos custos levam à contenção de despesas e à suspensão de contratações, informou a Challenger.

De acordo com a consultoria, os cortes chegam a um milhão de postos de trabalho no acumulado anual, o maior desde a pandemia.

Pelo lado menos pessimista, que pode impactar positivamente mercados como o de criptomoedas, a Challenger acrescentou que “é possível que, com cortes nas taxas de juros e um bom desempenho em novembro, as empresas façam um esforço de última hora para contratar, mas, neste momento, não esperamos um ambiente forte de contratações sazonais em 2025”.

O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, voltou a ganhar força e chegava a 20,15 pontos (+3,5%). Apesar disso, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin em Ethereum (ETH) avançaram por respectivas entradas líquidas de US$ 240,03 milhões e US$ 12,51 milhões, segundo dados da SoSoValue.

mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava baixa a US$ 142,01 bilhões (-0,6%) no Interesse Aberto e alta a US$ 309,66 bilhões (+17,7%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas avançava a US$ 618,52 milhões (+86,4%) com desvantagem para os touros, já que a liquidação de posições compradas (longs) superava US$ 409 milhões ante US$ 208 milhões em posições vendidas (shorts).

A 48,87 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas se encontrava em região de neutralidade, porém com aumento da pressão compradora, no comparativo com o dia anterior. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como FIL, HIPPO, ZEC, NEAR, ETC, XTZ, AR, FET, ICP, 1INCH, ROSE, MANTA, SCRT, PROMPT, PHA, TRUTH, SUN, OG, FLUX, LUMIA. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como H, PENGU, EVAA, ESPORTS, 1000CHEEMS, XPIN, EUL, CLO, NOM, YALA, SWELL.

Mapa de calor de 4 horas do RSI das criptomoedas. Fonte: Coinglass.

O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, mantinha-se a 23 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o DCR recuava a US$ 29,82 (-27,6%), o SPX valia US$ 0,60 (-9,5%), o ASTER valia US$ 0,98 (-9,2%), o TRUMP representava US$ 7,43 (-5,7%), o KAS correspondia a US$ 0,049 (+7,5%), o DOT estava precificado em US$ 2,79 (+7,5%), o ATOM orbitava US$ 2,76 (+7,1%) e o STRK era comprado por US$ 0,11 (+7%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o FIL ascendia a US$ 2,16 (+60,6%), o ICP correspondia a US$ 7,92 (+29,5%), o XTZ chegava a US$ 0,65 (+23,7%), o NEAR estava precificado em US$ 2,24 (+18,5%), o MANTA era negociado por US$ 0,12 (+37,7%), o SCRT era transacionado por US$ 0,28 (+36,8%), o MBG atingia US$ 0,74 (+34,9%), o AR se nivelava por US$ 5,57 (+30,8%), o ROSE respondia por US$ 0,023 (+29,7%) e o ICP era trocado de mãos por US$ 7,86 (+29,7%).

Entre as novas listagens estavam SAPIEN na Crypto.com, HYPE na Bitkub, CC na Kucoin, EDGE e XMN na Bitvavo, ARIA e AIN na HitBTC, MEC na AdcendEX, MATH, SAPIEN e MAMO na Biconomy.

No adia anterior, as criptomoedas reagiam com o Bitcoin a US$ 103 mil e julgamento do tarifaço de Trump, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.