A Polícia Civil de Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro, vai investigar as empresas de criptomoedas que atuam na região, segundo informações da mídia local.

A relação de empresas de Cabo Frio com as criptomoedas virou caso de polícia nos últimos dois meses, como noticiou o Cointelegraph Brasil.

Na segunda quinzena de julho, uma suposta exchange que prometia até 30% de lucros com Bitcoin anunciou o fechamento repentino dos negócios, gerando revolta dos investidores, que invadiram a sede da empresa em busca de explicações.

Já no começo deste mês um trader que era conhecido como "Rei do Pullback" foi assassinado na cidade dentro de seu automóvel de luxo, um Porsche. As informações do crime dão conta de que ele prometia "lucros rápidos com Bitcoin", o que é um dos indícios de pirâmides financeiras.

Mais cedo, em junho, um outro empresário de uma empresa de criptomoedas também sofreu tentativa de assassinato na região dos Lagos, que também abriga Cabo Frio.

Pelas características do mercado de criptomoedas, de alta volatilidade e risco para os investimentos, é impossível garantir lucros aos investidores. Quando isso acontece, invariavelmente este é um indício de fraude.

A escalada de violência envolvendo empresas com atuações suspeitas na cidade chamou atenção das autoridades. Ministério Público e Polícia Civil investigam agora se a atuação das empresas envolvidas nos crimes era idônea e se havia disputa por investidores de criptomoedas entre elas.

A polícia montou uma força-tarefa que vai investigar as empresas, os indícios de crimes financeiros e o envolvimento das mesmas nos crimes de violência que ocorreram na região nos últimos meses.

Além da morte recente do trader, as informações são de que a região registrou outras três tentativas de assassinato nos meses recentes, no que tem sido classificado de "ciranda financeira".

Na semana passada, uma das maiores pirâmides de criptomoedas da história do Brasil, o Grupo Bitcoin Banco, teve as investigações da Polícia Federal finalmente concluídas, decidindo indiciar o dono da fraude, Cláudio Oliveira, e oito outras pessoas por estelionato, organização criminosa e outros crimes.

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