Os advogados Edson Isfner e Luiz Daniel Felippe apresentaram uma petição renunciando à recuperação judicial do Grupo Bitcoin Banco na última quarta-feira, 22 de janeiro. A informação é do Portal do Bitcoin.

Com a renúncia do escritório de advocacia, o GBB agora terá até o dia 1o. de fevereiro para indicar novos advogados para o caso. A recuperação judicial das empresas do grupo foi concedida em 27 de novembro de 2019.

No documento registrado na 2a. Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba (PR), os advogados não explicam os motivos para deixar o caso, mas dizem que o GBB está ciente da decisão e que a representação pelo escritório duraria mais dez dias a partir do aviso ao GBB.

Depois de vencido o prazo, os nomes dos advogados não devem mais constar "nas publicações e registros referentes à presente demanda", diz a petição.

Segundo a EXM Partners, administradora do Rio de Janeiro indicada pela Justiça para a recuperação, a dívida do GBB é de R$ 2,7 bilhões.

A administradora apontou incongruências nos cálculos feitos pela contabilidade do GBB, dizendo que em 30 de setembro de 2019 o GBB tinha “um passivo (circulante e não circulante) no valor total de R$ 2.742.357.033”. Já na última lista de credores, o valor era pouco maior de R$ 500 mil. A administradora pediu informações sobre as composições do passivo e da abertura das rúbricas contábeis, mas as empresas não forneceram as informações solicitadas.

Outros dois advogados há haviam deixado de representar a empresa: Nelson Willians, que agora move processo contra o GBB cobrando R$ 1,8 milhão em serviços prestados, e Ismair Couto, que representava as empresas de Cláudio Oliveira, que pede R$ 71 mil em créditos trabalhistas e quirografários.

O Grupo Bitcoin Banco reunia alguma das maiores empresas de investimentos em Bitcoin do Brasil. O grupo passou a ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por fraude e lavagem de dinheiro, seu dono, Cláudio Oliveira, teve os bens bloqueados na Justiça e o passaporte retido. A empresa passou a bloquear os saques de milhares de clientes, deixando um prejuízo milionário.

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