Embora antes tenha rejeitado o termo "nova CPMF" o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o novo imposto proposto pelo Governo do presidente Jair Bolsonaro, pode ser entendido como uma "reedição" da extinta CPMF e que "todo mundo vai pagar. Do traficante ao Uber", segundo reportagem da Folha de S. Paulo, publicada hoje 06 de julho.

Segundo a reportagem, Guedes disse que o brasileiro terá que escolher "entre os encargos trabalhistas que oneram a folha de pagamento, restringindo a geração de empregos, e um imposto nos mesmo moldes da antiga CPMF"

Ainda segundo o ministro, tudo, absolutamente tudo terá uma taxa para pagar, deste serviços de streaming como Netflix e Spotify; aplicativos de compartilhamento como Uber, Loggi e 99 e transações com Bitcoin e criptomoedas quando estas são 'convertidas' para reais, pois envolvem uma movimentação financeira de compra e venda.

"O que você prefere? Bota 0,2% aí, o FHC criou [a CPMF], arrecadou tão bem. O padre pagou, o traficante pagou, porque almoçou tá lá cobrando. Então vamos ter que escolher, cair o encargo trabalhista de 20% para 10%, 15%, com o imposto sobre movimentação junto. Vamos dar essa escolha para a sociedade. Como pego o Netflix, o Uber? Assim eu pego. Podemos arrecadar R$ 100 bilhões, R$ 150 bilhões e podemos criar também 5 milhões de empregos com a diminuição do encargo trabalhista", afirmou Guedes.

O novo imposto ainda não tem nome e prazo para ser aplicado. O governo defende que ele deve ser implantado na reforma tributária que será enviada ao Congresso nos próximos meses.

Como noticiou o Cointelegraph, vendedores de Bitcoin criptomoedas que utilizam a plataforma de e-commerce Mercado Livre e outros marketplaces, podem pagar impostos em breve, de acordo com as novas propostas da Reforma Tributário em andamento no Senado Nacional.

Segundo o texto que vem sendo debatido, embora a proposta tenha por objetivo diminuir a cargra tributária nacional ela precisa equalizar a arrecadação de impostos para não impedir o desenvolvimento do país e das políticas públicas da nação, portanto, enquanto alguns impostos podem ser eliminados outros serão criados ou reconfigurados.