A XP Investimentos, uma das maiores corretoras da América Latina, não vê a hora de se 'livrar' do banco Itaú, seu sócio, para entrar 'de cabeça' no mercado de criptomoedas.
Assim, segundo informou nesta quarta, 02, o jornal Estado de São Paulo, o fundador da XP Guilherme Benchimol teria voltado a debater o assunto internamente tendo em vista o sucesso das negociações de criptoativos no Brasil, inclusive produtos institucionais como o ETF de criptomoedas da Hashdex e fundos de investimento com exposição em criptoativos.
Embora os sócios da XP tenham lançado a XDEX, e depois encerrado suas atividades por "questões regulatórias", o Itaú atuava como entrave para a XP lançar um sistema próprio com exposição em criptoativos, segundo o Estadão.
Isso ocorria pois o banco detinha 49% da XP e vetava as iniciativas pró-cripto.
Bombou: Negociações na exchange Mercado Bitcoin 'explodem' e sobem mais de dez vezes
Agora, porém, com o Itaú fora, a proposta de 'voltar' ao mercado de criptomoedas teria ganhando força internamente com Benchimol abrindo novos caminhos.
A XP não confirmou as informações.
XP e criptomoedas
Hoje a XP já oferece exposição em criptomoedas para seus clientes por meio de fundos de investimento aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, como os da Hashdex.
Além disso, recentemente junto com o banco americano BNY Mellon lançou o "Trend Bitcoin Fundo de Investimento Multimercado", o primeiro com o DNA da XP e com exposição em criptomoedas.
No entanto o Trend Bitcoin, diferente de produtos similares como o fundo de Bitcoin da Hashdex ou da QR, não fará custódia de Bitcoin e criptomoedas. Sua exposição ao Bitcoin será feita por meio da compra de cotas de outros fundos em criptoativos ou ETF de criptomoedas, como o HASH11 e o QBTC11.
O fundo também terá uma taxa de administração de 0,5000% a.a. sobre o valor do patrimônio líquido e não haverá taxas de ingresso e saída e nem taxa de performance.
Além disso a XP também estaria de olho em um possível IPO da exchange Mercado Bitcoin e seria um de seus apoiadores.
Por outro lado o Itaú, que até então era refratário as criptomoedas agora 'abraçou' o Bitcoin e por meio do Itaú Personnalité permite que os correntistas do banco realizem investimento em Bitcon.
O produto de investimento em criptomoedas disponibilizado pelo Itaú é o primeiro ETF de criptomoedas do Brasil, uma parceria do banco junto com a Hashdex.
LEIA MAIS