O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 2,85 trilhões (-1,5%) na manhã desta quinta-feira (27), ocasião em que o Bitcoin (BTC) era transferido em torno de US$ 87,4 mil (-1,1%) com dominância de mercado elevada a 60,7%, sentimento de medo dos investidores (33%) e a maioria das principais altcoins no vermelho, apesar de diversos movimentos ascendentes de até 16.800%, caso do recém-lançado WAL.

A movimentação do mercado crito se correlacionava com o recuo dos principais índices acionários do dia anterior, como o S&P 500 e o Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, encerrados em respectivos 5.712,20 (-1,12%) e 17.899,02 pontos (-2,04%).

O tombo sucedeu mais uma capítulo da guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na última quarta-feira (26), o republicano anunciou a taxação de “25% de para todos os carros não fabricados no país”. Ações de empresas de tecnologia como Tesla (TSLA) e Meta Platforms (META) estiveram entre as que mais caíram. O que pode estar relacionado ao receio da chegada da inflação pelo repasse das tarifas aos consumidores, cenário que pode impactar mercados associados ao risco, como o de criptomoedas.

O Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, encontrava-se elevado a 18,40 pontos (+7,29%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin avançaram em líquidos US$ 89,57 milhões enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) recuaram em líquidos US$ 5,89 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

No mercado de Futuros de criptomoedas, o volume de negociações cresceu a US$ 182,1 bilhões (+9,5%), o interesse aberto se retraiu a US$ 107,1 bilhões (-2,74%) e a liquidação de traders alavancados chegou a US$ 249,6milhões (+54%), sendo US$ 186 milhões em posições compradas (longo), apostadores de alta, e US$ 62,5 milhões em posições vendidas (short), apostadores da queda, de acordo com dados da plataforma Coinglass.

O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, avançava a 19 pontos. Nesse grupo de tokens, o HYPE derretia a US$ 14,57 (-10,2%), o BONK era pressionado a US$ 0,000013 (-9,5%), o MOVE se comprimia a US$ 0,49 (-7,9%), o IP retornava a US$ 5,75 (-7,2%), o TON avançava a US$ 3,91 (+8%), o SUI chegava a US$ 2,75 (+6%), o MKR se convertia em US$ 1.430,60 (+5,6%) e o CRV valia US$ 0,58 (+4,5%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o ZETA alcançava US$ 0,40 (+25%), o WHITE se traduzia em US$ 0,00058 (+25,3%), o ORCA saltava a US$ 2,76 (+14,9%), o AGI se nivelava por US$ 0,078 (+13,5%), o STMX representava US$ 0,0044 (+18%), o AVL correspondia a US$ 0,43 (+10,8%), o LOCUS atraía US$ 0,020 (+16,3%), o ALEX estava avaliado em US$ 0,060 (+33,6%), o VR chegava a US$ 0,0054 (+13,2%) e o YEET respondia por US$ 0,018 (+45,6%).

Chamava a atenção a listagem inicial do WAL, token da rede de armazenamento descentralizada para dados e mídia através de nós em todo o mundo Walrus, em diversas exchanges globais. Entre elas LBank, Bitrue, Crypto.com, Bithumb, Bybit, Gate.io e Bitget, onde o WAL  abriu a um preço inicial de US$ 0,02 e atingiu um pico de US$ 3,384 (+16.800%) e US$ 17,6 milhões em negociação contra a stablecoin USDT, no momento desta edição.

Gráfico de 24 horas do par WAL/USDT. Fonte: Bitget/TradingView

No dia anterior, uma nova criptomoeda subiu 1.650% enquanto o Bitcoin caminhava em linha ao encontro do ‘dia da libertação de Trump’, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.