A expectativa de 30.000% de uma nova criptomoeda L2 da Solana na manhã desta terça-feira (11) acontecia em meio à resiliência do Bitcoin (BTC), precificado em torno de US$ 98 mil (+0,3%), e o sentimento de sustentabilidade em torno de tokens de blockchains de camada 1 (L1), no lado oposto da ganância especulativa das memecoins.
De acordo com uma postagem da Santiment no X, “a comunidade cripto mudou amplamente sua atenção para Bitcoin e outros ativos de Camada 1 como Ethereum (ETH), Solana (SOL), Toncoin (TON) e Cardano (ADA).
“Coletivamente, os principais ativos de Camada 1 estão recebendo 44,2% das discussões entre moedas específicas. Enquanto isso, as principais memecoin, como Dogecoin (DOGE), Shiba Inu (SHIB) e Pepe (PEPE) estão sendo discutidas cada vez menos nas mídias sociais”, observou a postagem.
A plataforma de monitoramento e inteligência on-chain não descartou novas altas exponenciais de memecoins, mas salientou que o foco nas L2s “provavelmente se deve à volatilidade recente e ao domínio especulativo do preço das altcoins ficando para trás”.
Para a Santiment, a mudança de atenção dos traders, das memecoins para os tokens L2s e o Bitcoin, aponta para um ambiente de mercado mais estável e sustentável.
“As memecoins tendem a atrair entusiasmo especulativo, muitas vezes impulsionado por exagero, tendências virais e uma mentalidade de jogo em vez de valor fundamental. Quando esses ativos dominam as discussões, isso normalmente sinaliza uma fase de excesso de ganância, onde os traders buscam ganhos rápidos de curto prazo sem considerar a viabilidade de longo prazo”, explicou a Santiment.
Por outro lado, acrescentou a análise, o Bitcoin e as L2s representam infraestrutura fundamental ao ecossistema cripto e o foco dos traders em torno desses criptoativos “geralmente reflete uma abordagem mais madura e informada pela comunidade, que prioriza a segurança, a inovação e a adoção no mundo real”, já que as blockchains de camada 1 oferecem suporte a contratos inteligentes, aplicativos descentralizados (DApps) e adoção no mundo real, principais impulsionadores do setor.
“Historicamente, os frenesis de memecoins precedem as correções de mercado, pois os excessos especulativos geralmente levam a reversões bruscas quando o hype desaparece. Quando os traders retornam aos ativos com forte utilidade e posições de mercado estabelecidas, isso sugere um ciclo de mercado mais saudável”, explicou.
Na avaliação da Santiment, essa mudança de eixo em direção às L2s “incentiva um ecossistema mais equilibrado, reduzindo o risco de picos e quedas de preços insustentáveis alimentados puramente pela mania especulativa”.
“Haverá muito mais oportunidades de capitalizar o momento otimista das moedas meme, mas as taxas de discussão reduzidas estão mostrando que estamos em um período de resfriamento saudável”, completou.
😀 The crypto community has largely shifted their attention to Bitcoin and other Layer 1 assets like Ethereum, Solana, Toncoin, and Cardano. Collectively, the top Layer 1 assets are getting 44.2% of discussions among specific coins. Meanwhile, top meme coins like Dogecoin, Shiba… pic.twitter.com/PpBjD9vSi4
— Santiment (@santimentfeed) February 10, 2025
Apesar da atenção dos traders, a plataforma apontou em outra publicação o rastreamento de “224.410 ETH saindo das exchanges nas 24 horas entre 8 e 9 de fevereiro”, maior volume em 23 meses. Apesar do sinal de desconfiança no preço do Ether no curto prazo, a plataforma salientou que, “quando os ativos estão se afastando das exchanges, isso normalmente é um sinal de confiança dos investidores, que se contentam em segurar por um longo prazo”.
Na esteira pessimista, a Santiment apontou que o Ethereum perdeu 36% em capitalização de mercado em meio ao despejo de tokens e o “barco afundando”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.