Os aportes do Brasil em produtos de investimento baseados em criptomoedas foram de US$ 23,1 milhões, R$ 134 milhões, no acumulado semanal de sexta-feira (7), quando o saldo positivo global alcançou US$ 1,26 bilhão, segundo a CoinShares.

Fonte: Reprodução/CoinShares

De acordo com os dados do relatório da gestora de criptomoedas, o acumulado brasileiro este ano chegou a US$ 78 milhões, R$ 453 milhões, e seguiu a pressão compradora global de líquidos US$ 7,34 bilhões em 2025.

A quinta semana consecutiva no azul dos produtos de investimento em ativos digitais foi capitaneada por Estados Unidos, em US$ 1,07 bilhão. Alemanha, Suíça, Canadá, Suécia e Austrália também registraram entradas líquidas, respectivamente de US$ 60,7 milhões, US$ 53,8 milhões, US$ 37,4 milhões, US$ 18 milhões e US$ 4,7 milhões. Na contramão, Hong Kong sacou líquidos US$ 7,9 milhões.

Apesar da pressão compradora, a gestora ressaltou que a recente queda de preços levou a uma retração a US$ 163,59 bilhões no total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês). Nesse caso, o acumulado brasileiro recuou a US$ 1,399 bilhão com a manutenção da sexta colocação global do país. Estados Unidos, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia também permaneceram em suas posições com respectivos AuM de 122,4 bilhões, US$ 7,01 bilhões, US$ 5,82 bilhões, US$ 5,64 bilhões e US$ 3,6 bilhões.

Na contramão das previsões pessimistas em relação ao Ethereum (ETH), os fundos de investimento baseados no token da rede líder dos contratos inteligentes roubaram a cena na semana anterior, período em que os investidores aportaram US$ 793 milhões em produtos de investimento de Ether. Nesse caso, a pressão compradora coincidia com dados da plataforma de monitoramento de dados on-chain CryptoQuant de sexta-feira que apontavam acúmulo de Ether pelas baleias, em cerca de 330.705 Ether no valor de US$ 883 milhões em um único dia

Entre os possíveis catalisadores de uma reversão do Ether está a aprovação de opções de fundos negociados em bolsa (ETFs) de Ethereum, em análise pela SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.

O levantamento da Coinshares relacionado aos criptoativos destacou ainda a segunda colocação dos fundos em Bitcoin (BTC), em US$ 707 milhões no acumulado semanal. XRP, cestas multiativos, Solana (SOL), Sui (SUI) e Cardano (ADA), registraram respectivas entradas líquidas de US$ 21,1 milhões, US$ 14,4 milhões, US$ 11,2 milhões, US$ 4,3 milhões e US$ 2,6 milhões no período.

O relatório mostrou que os ETFs da BlackRock, iShares Bitcoin Trust e iShares Ethereum Trust, capitanearam as entradas líquidas, em US$ 602 milhões. Na mesma direção, ProShares ETFs, ARK 21 Shares, 21Shares AG, Bitwise ETFs, Grayscale Investiments e CoinShares XBT atraíram respectivos líquidos de US$ 83 milhões, US$ 61 milhões, US$ 36 milhões, US$ 21 milhões, US$ 17 milhões e US$ 4 milhões, enquanto outros fundos globais totalizaram US$ 653 milhões.

Fonte: Reprodução/CoinShares

Na semana anterior, os investidores nacionais ignoraram DeepSeek e ‘tarifaço de Trump’, compraram a queda do Bitcoin e aportaram R$ 92 milhões em fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.