O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,23 trilhões (+1,1%) na manhã desta terça-feira (11), quando o Bitcoin (BTC) girava em torno de US$ 98,1 mil (+0,25%) com dominância de mercado recuada a 60,2%, sentimento dos investidores em região de medo (37%) e a maioria das principais altcoins avançadas, em até dois dígitos percentuais.

Apesar do volume modesto de entrada de capital líquido, cerca de US$ 50 bilhões em 24 horas, o mercado de criptomoedas demonstrava resiliência em relação ao cenário de volatilidade na macroeconomia. Comportamento que se correlacionava ao desempenho do S&P 500 e do Nasdaq, encerrados respectivamente em 6.066,44 (+0,67%) e 19.714,27 pontos (+0,98%).

O ambiente propenso à volatilidade tem a ver com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em taxar em 25% a produção de aço e alumínio de países como Canadá, México e Brasil. A medida, que pode acarretar inflação e impactar mercados como o de criptomoedas, é mais um capítulo da guerra comercial entre EUA e China, já que os produtores tendem a reduzir suas importações de aço e alumínio do país asiático.

“A superprodução da China está inundando os mercados globais e prejudicando gravemente os produtores e trabalhadores americanos”, explicou Michael Wessel, consultor comercial do United Steelworkers of America.

 A cautela dos investidores com esse ambiente de instabilidade macroeconômica foi percebida pelas respectivas saídas líquidas de US$ 186,28 milhões e US$ 22,46 milhões de fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH), segundo dados da plataforma SoSoValue. Apesar disso, o Volatility Index (VIX), conhecido por índice do medo, encontrava-se recuado a 16,05 pontos (-3,14%).

O índice altseason, que afere a força média dos 100 principais tokens em capitalização de mercado em 90 dias, encontrava-se avançado a 43 pontos em sinal de rotação de capital do BTC para as altcoins. Nesse caso, o CRV avançava a US$ 0,57 (+8,95%), o LTC estava precificado em US$ 126,70 (+8,8%), o TIA orbitava US$ 3,45 (+8,7%), o XDC era comprado por US$ 0,095 (+8,3%), o LDO se comparava a US$ 1,64 (+8%), o XCN recuava a US$ 0,022 (-8,2%) e o OM pareava US$ 6,03 (-2%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o SPX era vendido por US$ 0,78 (+18,1%), o HNT estava precificado em US$ 4,05 (+18,1%), o KAS se comparava a US$ 0,10 (+18%), o VIRTUAL atraía US$ 1,38 (+5,59%), o RAY estava quantificado em US$ 5,59 (+15%), o RPL valia US$ 11,39 (+50,5), o AIOZ estava cotado a US4 0,55 (+36,3), o AI16Z se localizava em US$ 0,58 (+37,7%), o ARC era negociado por US$ 0,30 (+63,8%), o CHEEMS era trocado de mãos por US$ 0,0000010 (+56,3%), o GRIFFAIN atingia US4 0,16 (+17,4%), o BTG se liquidava por US$ 6,33 (+41%) e o AKUMA estava estipulado em US$ 0,00012 (+39,1%).

Entre os destaques estava a listagem global do LAYER, token nativo da blockchain de camada 2 (L2) para rede Solana Solayer, às 11 horas (horário de Brasília. A listagem do LAYER acontece m diversas exchanges de criptomoedas, como Bitget, Kucoin, LBank e Binance, que, nesse caso, também anunciou um airdrop de 30.000.000 LAYER (3% do fornecimento total de tokens) pelo programa de recompensas HODLer, voltado aos detentores de BNB

O LAYER tentará superar o rival do Ethereum que subiu de US$ 0,05 para US$ 14,87 e 29.640% em listagem na Binance, Bitget e outras. Entre outras listagens em exchanges também estavam AGON e NEZHA na LBank, WAGMI na CoinEx, JAILSTOOL na Poloniex, TLN ma AscendEX, DIAM na Gate.io e B3 NA Coinbase, Gate.io, BitMart, MEXC e Bybit.

No dia anterior, memecoins dispararam até 1.000% em listagem e o Bitcoin reagiu ao pessimismo com novo ‘tarifaço de Trump’, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.