O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou esta semana o recebimento de certificados de créditos de carbono, vinculados a tokens emitidos pela multinacional brasileira líder em gestão ambiental Ambipar.
Segundo a Suprema Corte, os tokens se referem à compensação integral das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de suas atividades nos anos de 2023 e 2024, sendo cada criptoativo referente a uma tonelada de GEE compensada.
O acordo com a empresa Biofílica Ambipar Environmental Investments foi anunciado no final de maio. Na ocasião, o STF informou que a parceria não envolve repasse financeiro e a empresa foi vencedora de chamamento público conduzido com transparência e observância das regras legais.
A execução dos termos pactuados foi feita em regime de cooperação mútua, com rastreabilidade em blockchain, através da plataforma Ambify. A medida, acrescentou a Suprema Corte, permite a verificação da origem e a aposentadoria dos créditos de carbono utilizados na compensação.
A entrega dos certificados, contendo o número de série de cada crédito, representa uma prova material, auditável e transparente da ação climática realizada pelo STF e reafirma o compromisso da Corte com a neutralização de suas emissões e com soluções tecnológicas sustentáveis e inéditas, informou o STF em nota.
Na avaliação do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, “o planeta está dando sinais de fadiga, e as gerações presentes já estão sendo afetadas”.
Cada instituição precisa fazer a sua parte, reforçou.
A Corte acrescentou que “a entrega dos certificados simboliza a consolidação de uma política ambiental ativa e efetiva no STF e o um compromisso que faz parte da Política de Sustentabilidade do Tribunal”.
Ao adotar tecnologias emergentes como a tokenização e o blockchain, o Supremo se posiciona como uma instituição moderna e transparente, que busca soluções inovadoras para seus desafios e se coloca na vanguarda da governança digital e ambiental no setor público, diz a nota.
Em julho, a Ambipar anunciou a listagem do AMBI na B3. O token chegou ao mercado a um custo inicial de R$ 42, representando uma tonelada de créditos de carbono certificados por meio da tecnologia blockchain, pertencente a um lote de 50 mil toneladas de carbono do primeiro lote, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.