O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 21/08/2025, está cotado em R$ 623.721,51. O preço do BTC voltou a cair para US$ 113 mil, no entanto as altcoins dominaram o cenário registrando forte alta com destaque par o BNB, Cardano e Chainlink

Bitcoin análise macroeconômica

Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, afirma que os mercados globais operaram em ritmo de espera antes do aguardado simpósio de Jackson Hole.

As bolsas asiáticas apresentaram desempenho misto, enquanto o dólar oscilou levemente, permanecendo próximo das máximas semanais. Investidores aguardam com atenção o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que pode oferecer sinais sobre um possível corte de juros já em setembro.

Os rendimentos dos Treasuries permaneceram estáveis, e o petróleo subiu após uma queda inesperada nos estoques dos Estados Unidos. Já o Bitcoin recuperou-se das mínimas de duas semanas, sendo negociado em torno de US$ 114.600, um movimento que reflete a melhora no apetite por ativos digitais, em meio a ampla liquidez e leve enfraquecimento do dólar.

A expectativa de curto prazo para o BTC é moderadamente positiva, já que recuperação recente indica que os investidores seguem atentos a ativos de risco, apesar do ambiente de cautela. A estabilidade do dólar e a ausência de novos choques macroeconômicos contribuem para um cenário que pode sustentar o Bitcoin acima dos níveis recentes, especialmente se houver maior clareza caso o discurso de Powell adote um tom mais dovish. No entanto, qualquer sinalização mais agressiva por parte do Fed pode reverter esse otimismo de curto prazo.

Segundo o analista da Bitunix, a ata trouxe um tom “neutro a levemente hawkish”, reforçando que a inflação segue como o principal risco. “Embora alguns dirigentes tenham citado a possibilidade de reavaliar a postura em setembro, prevalece a visão de que o risco inflacionário ainda é maior que o de enfraquecimento do emprego”, explicou.

O especialista destacou também o impacto sobre os mercados de risco. “Se os dados econômicos fortes persistirem ou os efeitos tarifários continuarem, ativos de risco podem sofrer nova pressão. Por outro lado, sinais de corte em setembro poderiam apoiar uma retomada no apetite ao risco”, afirmou.

No mercado de criptomoedas, o analista apontou o nível de US$ 4.450 como zona de liquidação relevante para o Ethereum (ETH), com US$ 4.150 servindo como principal suporte.

“Recomenda-se cautela: investidores devem manter disciplina de risco, evitar perseguição a repiques de curto prazo em zonas pesadas de liquidação e preservar uma posição diversificada, com foco no médio e longo prazo, até que haja maior clareza sobre a política monetária”, concluiu.

Bitcoin e Ethereum

Taiamã Demaman, analista chefe da Coinext, afirma que olhando os gráficos, o vencimento de opções do dia 25, que movimenta mais de US$12 bilhões, indica “dor máxima” (ponto em que o maior número de opções perde valor) em US$116 mil.

Esse nível sugere condições favoráveis para o BTC se manter acima do suporte de US$112 mil, preservando espaço para a busca de uma nova máxima histórica mesmo se alcançar esse patamar inferior.O cenário otimista pede fechamento semanal acima de US$119 mil para novo teste de máxima histórica entre US$126 mil e US$133 mil, o que pode ocorrer dependendo do impacto dos comunicados do Fed nos EUA."

Para o Ethereum, ele afirma que o ativo ficou a apenas 1% de sua máxima histórica, em US$4.860, sustentado por fluxos consistentes de capital via ETFs. Só no dia 11 de agosto, registrou entrada de US$1 bilhão, seguida por mais US$1,8 bilhão ao longo da semana. Esse movimento criou um ciclo virtuoso de valorização.

Com suporte firme em US$3.906, os alvos técnicos seguem projetados em US$4.805 e em US$5.105. Ainda, dados on-chain mostram a menor oferta de ETH disponível nos últimos nove anos, reforçando o cenário de escassez e ampliando o potencial de rompimento da máxima histórica."

Bitcoin análise técnica

Mike Ermolaev, analista e fundador da OutsetPR, afirma que o Bitcoin (BTC) pode estar diante de uma possível correção acentuada, as análises gráficas apontam a formação de uma cunha ascendente de baixa. Esse padrão técnico costuma anteceder movimentos de recuo mais fortes nos preços.

Indicadores de momentum, como o RSI e o PPO, reforçam o sinal de enfraquecimento, já que mostram perda de força compradora mesmo com o ativo registrando novas máximas. Esse comportamento sugere que a alta recente pode estar perdendo sustentação.

De acordo com ele, o cenário mais pessimista, a meta de queda projetada estaria em torno de US$ 60.370, caso a cunha se confirme. Por outro lado, a invalidação dessa leitura técnica só ocorreria com um fechamento diário acima de US$ 125 mil, o que manteria a tendência de alta intacta.

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Guilherme Prado, country manager da Bitget, o Bitcoin caindo para US$113.000 reflete mais do que apenas uma reversão de tendência; é um retrato do aumento da tensão no mercado.

Segundo ele, os traders estão se preparando, com o delta skew de opções de 30 dias chegando a 12%, sua maior leitura em quatro meses, sugerindo maior demanda por proteção contra quedas e uma cautela crescente entre os investidores.

Esses picos de medo nem sempre foram baixistas. Em abril, quando uma sobrecarga semelhante de sentimento ocorreu, o Bitcoin estava em torno de US$74.500, mas em menos de um mês disparou quase US$30.000. A história não garante repetição, mas mostra muito sobre como reversões bruscas frequentemente seguem picos emocionais.

Prado aponta que um ponto particularmente notável sobre essa queda é que ela não está acontecendo de forma isolada. Temores sobre tarifas de importação nos EUA, escrutínio regulatório ligado a uma investigação relacionada a Trump e resultados decepcionantes de empresas de IA estão reduzindo os retornos especulativos nos mercados. Ainda assim, o Bitcoin continua se mantendo acima de US$117.000, um testemunho da força da compra institucional e dos ETFs sustentando o ativo digital.

Agora, deixar as narrativas se acomodarem e a liquidez retornar pode abrir caminho para uma recuperação. Observar atentamente eventos como Jackson Hole, junto com métricas on-chain, pode revelar se os movimentos recentes são apenas digestão ou uma mudança mais profunda no sentimento. Portanto, se US$112.000 se mantiver como nível de suporte, isso pode muito bem ser a configuração para a próxima perna do ciclo de alta, em vez de um reset.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que a demanda por Bitcoin está enfraquecida e diminuiu significativamente nos últimos dias.

A desaceleração levanta questões sobre se o ímpeto está diminuindo ou apenas dando uma pausa antes da próxima etapa de alta.

Portanto, o preço do Bitcoin em 20 de agosto de 2025 é de R$ 629.487,36. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 20 de agosto de 2025, são: OKX (OKB), Chainlink (LINK) e Story (IP), com altas de 4%, 2% e 1% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 20 de agosto de 2025, são: Cardano (ADA), SEI (SEI) e Pudgy Penguins (PENGU), com quedas de -9%, -7% e -6% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

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